O dia seguinte
Ontem eu fiz a louca e pintei boa parte do meu cabelo de violeta. Demora pra caramba pintar o cabelo de uma cor fantástica. Depois, eu fiz um piercing no nariz. Dói pra caramba enfiar um brinco no nariz, tanto que eu desisti de me tatuar no mesmo dia.
Bem, nem tão desvairada assim. Eu pensei nisso por quase um dia inteiro. Dormi com a idéia, como se diz, e acordei ainda resoluta. Fiz as mudancinhas, fiquei felizinha e fui pro sambódromo, toda trivial.
O dia seguinte
Hoje eu me olhei no espelho e pensei: fudeu. Parei de respirar pela narina do piercing, não sei porquê. Eu puxo o ar, e ele só entra pela não-furada. Estou com a respiração aleijada. Talvez pra sempre. Abri um e-mail do meu chefe (que me passa e-mail de trabalho aos domingos), me convocando pra uma discussão super séria sobre assuntos sérios e coisa e tal. Acontece que eu estou com o cabelo praticamente roxo. Ainda não tive a chance de comprovar na prática, mas acho que cabelo violeta é o maior anti-clima-sério. Agora já era.
O dia seguinte
Hoje eu me olhei no espelho e pensei: fudeu. Parei de respirar pela narina do piercing, não sei porquê. Eu puxo o ar, e ele só entra pela não-furada. Estou com a respiração aleijada. Talvez pra sempre. Abri um e-mail do meu chefe (que me passa e-mail de trabalho aos domingos), me convocando pra uma discussão super séria sobre assuntos sérios e coisa e tal. Acontece que eu estou com o cabelo praticamente roxo. Ainda não tive a chance de comprovar na prática, mas acho que cabelo violeta é o maior anti-clima-sério. Agora já era.
Mas fogo mesmo vai ser sobreviver à minha mãe meio-sangue italiano, que volta hoje à noite de Miguel Pereira e vai no mínimo me perguntar se eu sou gay e propôr terapia familiar pra - na cabecinha dramática dela - evitar que eu me vicie em heroína.
É incrível, mas eu não pensei em nada disso antes.
É incrível, mas eu não pensei em nada disso antes.
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