Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

terça-feira, novembro 13, 2007

Caso sério

Neste final de semana, porque eu amo a minha monografia, andei lendo algumas na biblioteca do Instituto Hahnemanniano do Brasil. Até agora eu me pergunto: se eu escrevo por diversão, com os pés nas costas e até dormindo, por que raios eu fui a única de minha turma a não escrever essa pitomba? Eu poderia ser leviana a ponto de dizer que não queria escrever uma merda qualquer "só pra obter o diploma", mas na verdade, tenho de admitir, sou preguiçosa. Mas só nas coisas em que eu não deveria ser. Slapt, slapt! Mas vamos que vamos: já que eu vou ter de escrever uma mono, vou aproveitar pra fazer um projeto de tese de mestrado, quiçá de doutorado ou, quem sabe?, um plano diabólico pra dominar o planeta Terra e ser presidente da América Latina. Digo, ditadora. Hay que endurecer, pero sin perder la homeopatia jamás. Pingüins da Patagônia, tremei!

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A Luciana Pordeus disse e eu acredito: pingüins têm hálito de peixe podre. Parecem lindos assim, bem de longe, mas é melhor não se envolver com um deles, porque o beijo pode ser nauseabundo.

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Quem me vê assim, tão miúda, tão fofa e tão modesta não imagina que eu sou um monstro dormindo: olhos e boca aberta, alguma baba e ruídos que fariam neuróticos de guerra pularem da janela. Alguns ex-namorados gentis relatam que eu "ressono", mas meu melhor amigo, Fábio Pareto, me tocou a real: eu ronco que nem um porco. Esta noite, por causa do Fábio, dormi numa clínica para fazer um estudo do meu sono: um daqueles exames exóticos que a gente vê no Discovery Channel. A enfermeira me encheu de eletrodos pela cabeça, tórax e pernas e amarrou ao me dedo um pregador de roupa decorado pro Natal que os médicos insistem em chamar de oxímetro. Quando ela terminou de me amarrar, eu já estava dormindo. Acordei e disse: "Poxa, que pena que logo hoje, que eu vim pra cá fazer essa coisa complicada de dormir cheia de fios eu não ronquei e dormi que nem um bebê." E ela olhou pra mim com cara de "tá de sacanagem, né?". "Ué, ronquei?", perguntei, incrédula. E ela, de forma muito delicada, disse que jamais poderia imaginar que uma mocinha tão novinha (delicada, indeed) e miudinha pudesse fazer tanto barulho.

Acabo de descobrir porque meus namoros nunca dão certo.

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Não sei se já falei aqui, mas estou escrevendo da Sonya, minha nova computadora, uma laptopa Sony Vaio que o Tom Taborda, o melhor padrinho do mundo, batizou. Ela é linda, vermelha da cor do pecado, mignon e com tudo que uma pessoa precisa pra se conectar ao mundo sem fios. O único defeito da minha bonequinha de luxo é o Windows Vista. O Vista não merece meu afeto, porque ele é incompatível com a maioria dos programas que fazem parte da minha vida, como o PalmOne, o Mobile Phone Tools e o internet banking do Real. Além do mais, e disso eu não me lembrava, porque há séculos eu não tenho um computador novo, ela veio com metade do HD de 160 GB ocupado por lixo da Microsoft e parceiros: trials de 60 dias que, sem saber, você começa a usar e, quando menos espera, tem de pagar um resgate de 300 dólares pra recuperar os dados que já armazenou naquele formato. Um golpe de mestre.

Sonya: uma nave espacial em forma de computador, quase uma vulcana, um verdadeiro tesão.

Aparentemente, 20 GB dessa fatia roubada do meu supersized HD (pelo menos pra mim, que só escrevo e mais nada) é culpa do Vista. O Tom e o Ken já andaram apagando um monte de coisas inúteis e pesadas da Sonya-baby, entre as quais o Microsoft Office, já que o BrOffice é menor, gratuito e faz tudo que o idiota do Bill Gates oferece pelo triplo do tamanho e o valor do seu fígado no mercado negro. No entanto, estou tão puta com o Vista que vou lutar pra fazer um downgrade pro XP. Se não conseguir, paciência: não será dessa vez que terei meu primeiro Windows não-pirata da vida. Neguinho tenta andar reto, mas o Billie, esse safadão, não dá trégua, caramba!

Tem um artigo do Tom incrível no InfoEtc de 8 de outubro de 2007 sobre o que fazer quando a cegonha traz seu novo lap-baby-top. Mais tarde ele me manda o link e eu ponho aqui pra vocês tirarem uma casquinha da sapiência do meu compadre.