petit pois
Nunca se viu tanta mulher usar a sandália prateada do reveillon pra bater sola no dia-a-dia. A crise é tão grande que a peruada partiu pra reciclagem dos itens descartáveis ou reutilizáveis apenas no casamento de algum primo distante. Não demora muito, e a moda reveillon será o pretinho básico, que permite um maior número de reutilizações e suporta as chuvas de março bem melhor que o branco transparência-molhada com paetês prateadas, douradas e transparentes, a la sereia.
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Descobri um quase-camelô que desbloqueia todos os celulares (exceto o aifone) por R$30. Não tenho registro de um hacker mais barato para este torpe fim. O cafofo fica num quase-infocenter na Rua Sete de Setembro, entre o Largo de São Francisco e os fundilhos do teatro João Caetano.
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Eu me identifiquei muito com a menininha de "A Culpa é do Fidel" quando ela confunde o conceito de solidariedade com mariedade-vai-com-as-outras. Fui uma criança intelectualizada com um lado infantilóide reprimido que eu sequer podia admitir que existia, por isso sofri mais do que deveria para entender, por exemplo, que não dava pra trocar a parte seca e miserável do nordeste pelo perdão da dívida externa (daria um bom campo de testes de armas nucleares, eu pensava), e que nem tampouco poderíamos declarar guerra ao Japão só por causa do extermínio das baleias, apesar de todas as evidências que nos fornecia o Fantástico show da vida. Nao foi à toa que tive minha primeira gastrite aos sete anos. Eu sempre me senti muito impotente diante das notícias.
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Parei de ler jornal aos 33. Hoje eu só olho de relance, tenho medo de vomitar lava vulcânica.
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Só leia o trecho seguinte se for capaz de fazer o seguinte exercício mental: imagine que eu sou um homem, com bíceps, tríceps, barba por fazer, saco por coçar e pescoço-radar de bunda. Imaginou? OK. Agora me imagine nesse corpo moreno e bronzeado de homem tendo um insight feminino preservacionista sem desmunhecar. OK? Pode seguir adiante. Se você driblou as etapas obvrigatórias de mentalização, juro que não me responsabilizo:
Perguntei a um amigo gay lindo e maravilhoso se ele já tinha tentado, entende?..., com alguma mulher. Ele fez um muxoxo e disse que sim. E que não gostou: achou tudo "muito largo". Fiquei pensando muito nisso, na morte da bezerra e na anatomia das congruências: se é verdade que tamanho não importa, meu deus, mulheres!: INSCREVAM-SE IMEDIATAMENTE NUM CURSINHO DE POMPOARISMO NESTE VERÃO! Às vezes a largura de uma afeta a sorte de muitas outras, e e sei que a crise está roxa, mas pô: sejamos solidárias, aê.
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Descobri um quase-camelô que desbloqueia todos os celulares (exceto o aifone) por R$30. Não tenho registro de um hacker mais barato para este torpe fim. O cafofo fica num quase-infocenter na Rua Sete de Setembro, entre o Largo de São Francisco e os fundilhos do teatro João Caetano.
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Eu me identifiquei muito com a menininha de "A Culpa é do Fidel" quando ela confunde o conceito de solidariedade com mariedade-vai-com-as-outras. Fui uma criança intelectualizada com um lado infantilóide reprimido que eu sequer podia admitir que existia, por isso sofri mais do que deveria para entender, por exemplo, que não dava pra trocar a parte seca e miserável do nordeste pelo perdão da dívida externa (daria um bom campo de testes de armas nucleares, eu pensava), e que nem tampouco poderíamos declarar guerra ao Japão só por causa do extermínio das baleias, apesar de todas as evidências que nos fornecia o Fantástico show da vida. Nao foi à toa que tive minha primeira gastrite aos sete anos. Eu sempre me senti muito impotente diante das notícias.
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Parei de ler jornal aos 33. Hoje eu só olho de relance, tenho medo de vomitar lava vulcânica.
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Só leia o trecho seguinte se for capaz de fazer o seguinte exercício mental: imagine que eu sou um homem, com bíceps, tríceps, barba por fazer, saco por coçar e pescoço-radar de bunda. Imaginou? OK. Agora me imagine nesse corpo moreno e bronzeado de homem tendo um insight feminino preservacionista sem desmunhecar. OK? Pode seguir adiante. Se você driblou as etapas obvrigatórias de mentalização, juro que não me responsabilizo:
Perguntei a um amigo gay lindo e maravilhoso se ele já tinha tentado, entende?..., com alguma mulher. Ele fez um muxoxo e disse que sim. E que não gostou: achou tudo "muito largo". Fiquei pensando muito nisso, na morte da bezerra e na anatomia das congruências: se é verdade que tamanho não importa, meu deus, mulheres!: INSCREVAM-SE IMEDIATAMENTE NUM CURSINHO DE POMPOARISMO NESTE VERÃO! Às vezes a largura de uma afeta a sorte de muitas outras, e e sei que a crise está roxa, mas pô: sejamos solidárias, aê.
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