A última notícia
Nos primeiros dias de caso Isabella, me intrigavam o mistério e a brutalidade; mais tarde, a repetição sistemática de notícias; depois, a força-tarefa familiar para encobrir a aparente culpa do casal de "meus". Agora, a única coisa que realmente me surpreenderia nesse teatrinho infantil mal ensaiado da sempre-muito-unida família Nardoni, seria um deles, num desabafo semi-lúcido desesperado, confessar: Ô meu, chega, vai! Chega de mentir, vai, meu! Fui eu, ma'foi sem querê, ô, meu!
Isto ou algum médium picudo psicografar uma cartinha da Isabella dizendo: "Pô, pai, não era você quem me dizia que é feio mentir?" E toda a descrição do crime do ponto de vista da menina.
Não quero parecer extremamente cínica, mas do jeito que a coisa vai, em pouco tempo o Vaticano canonizará a pequena Isabella. Igrejas também vivem de santo, e nem todos são tão populares quanto São Jorge. Aliás, estivesse nosso super padroeiro por lá no momento do crime, não seria de admirar se a criatura lançada à janela fosse a madrasta: toda história de dragão tem sempre um final feliz. (e nem toda madrasta é má, que o diga a Gabi Raio-de-Sol)
Isto ou algum médium picudo psicografar uma cartinha da Isabella dizendo: "Pô, pai, não era você quem me dizia que é feio mentir?" E toda a descrição do crime do ponto de vista da menina.
Não quero parecer extremamente cínica, mas do jeito que a coisa vai, em pouco tempo o Vaticano canonizará a pequena Isabella. Igrejas também vivem de santo, e nem todos são tão populares quanto São Jorge. Aliás, estivesse nosso super padroeiro por lá no momento do crime, não seria de admirar se a criatura lançada à janela fosse a madrasta: toda história de dragão tem sempre um final feliz. (e nem toda madrasta é má, que o diga a Gabi Raio-de-Sol)
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