Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Buzios



Buzios, amanhã? Marrelógico. Se estou preocupada com o engarrafamento? Nã... O carro estará lotado de gente boa e heterogênea, o crowd ideal pra se levantar uma polêmica de 5 horas. Quando é pra iniciar uma polêmica que não vai ter fim, eu geralmente sugestiono (ninguém em sã consciência começa uma polêmica; a lei da malandragem roga que as polêmicas sejam sugestionadas) algo bem vil e sórdido, como o aborto ou as próximas eleições presidenciais. E começo assim: "Heloísa Helena é que está certa." Aí fudeu. É assunto pra 5 horas de engarrafamento, na certa. Com direito a dedo na cara e tudo.

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Uma vez entrei de penetra num casamento esotérico, celebrado por druídas e moças vestidas de fadinhas, no Iate Clube de Buzios. Na verdade, eu e meu par estávamos acompanhando um casal que fora devidamente convidado, e nós teríamos nos misturados perfeitamente aos convidados normais, não fosse pelo fato de eu estar de saída de praia, e ele de jeans (não estávamos mesmo preparados para a pompa). No altar da celebração, havia uma espécie de aquário com vários cristais submersos em água. E pirâmedes. E - eu posso até estar fantasiando - também tinha aqueles gnomos de durepox. Eu não consegui entender nada do que a... bruxa? fada?... dizia aos noivos, mas eles choravam muito. Ventava barbaramente. Acho que o vento soprava as palavras relevantes pra longe, porque a cerimônia toda passou sem o menor sentido pra mim. Ri-me em silêncio - todo penetra é mau e um pouco debochado - e passei a festa inteira tentando entender que tipo de celebração religiosa era aquela. Não era religiosa, descobri. Os noivos eram absolutamente contra religião. Por isso inventaram essa coisa meia bomba dos gnomos, fadinhas, cristais e duendes. Ah, se eles soubessem que eu atropelo duendes...

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Cismei que quero me casar em Buzios. Ou na Polinésia Francesa. Algo bem nesse estilo: pés descalços, mar, vento, flores no cabelo, tochas fincadas na areia, algum maluco falando algo ou alguma língua que ninguém possa compreender, cada um pensando o que quiser, os penetras rindo em silêncio e eu, olhos marejados, achando tudo lindo, super lindo, mil vezes lindo. It only takes 2 caipirinhas to soften me up.

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Este será um carnaval super soft, pelo visto. Minha única expectativa é voltar preta e beber até achar tudo lindo.