Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

As cartas de amor que eu nunca enviei.

Querido...,

Somos perfeitos um para o outro e eu poderia ter te amado para sempre
Não fosse você ter se ausentado de si e eu de mim mesma na mesma época
Você é manipulador, e eu manipulável
Você precisa ser cuidado, e eu preciso cuidar
Você acha que vai morrer, e eu... também.

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Querido P.,

Eu nunca te conheci e, embora você tenha dito que a vida não acaba amanhã,
Acho que nunca vou te conhecer.
Apesar de você ter uma voz incrível e ser tão instigantemente legal,
E talvez por isso mesmo.
O amor nunca acontece na hora errada.

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Querido B.,

Você entrou em minha vida como um ópio
E como ópio, foi me roubando os sentidos e a razão.
E assim, despida de moralidades, eu te dei meu amor mais puro.
Naquele dia em que você esqueceu de tirar a aliança da mão direita antes de me encontrar
E eu fiquei olhando praquele anel como quem vê as Torres Gêmeas desmoronando
Eu vi desmoronar toda e qualquer esperança de tê-lo ao meu lado no futuro.
Quero que saiba que, embora você me ache louca e instável,
Eu nunca te menti. E nunca teria te mentido.

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Querido C.A.T.,

Estou reenviando minha última carta de amor pra você.
Quero ratificar tudo o que está ali escrito:
Que quero completar aquele caderno em branco contigo,
E quero tentar não ser apressada, porque a pressa é a inimiga da perfeição.
Você é definitivamente uma das pessoas mais incríveis que eu conheço
E o futuro nos pertence.
Tenha paciência comigo. Eu não sou sempre assim.