A mulher de 33 e o exorcismo.
Putz. Mais uns dias assim e eu comprava uma vassoura voadora.
Resumo do finde, sem qualquer ordem ou progresso:

Essa aqui é a família de jacus que meu pai sustenta no telhado de nossa casa em Miguel. Jacu, pra quem não sabe, é uma ave esquisitérrima que tem o tamanho de uma galinha, jeitão de peru e a desenvoltura para pular em galhos de árvore de um sabiá. Pois bem: se até os jacus, que são feiosos, têm família (papai-jacu, mamãe-jacu e filhinhos), por que eu não haveria de ter?
O reino animal me enche de esperanças.
Três balzacas numa noite suja. Ana, Vivi e eu, ainda discretamente possuída pelo canhoto, mas tentando sorrir: todas médicas*, cheirosas e solteiras. Repare como a Ana parece com a Mira Sorvino e a Vivi parece modelo-menina-moça de comercial de xampu.
Eu sei que é péssimo o que eu vou dizer, mas saber que essas beldades estão na mesma luta inglória que eu - a busca pelo único macho viável, não galinha, não maluco, não idiota, não obcecado pela ex e não apavorado com a idéia de casar e ter filhos da face da terra - me faz sentir menos sozinha no mundo, menos Don Quixote e menos Polyanna Moça. Sabe como é?
*Eu e Vivi, médicas veterinárias; a Ana é médica comunzinha mesmo, de gente. UAHAUHAUHA!
Minha Princesa Radija e a caixa vazia de bis que os tinhosos velozes de minha TPM devoraram em dois milisegundos, sem deixar nadica pra elazinha.
Vivi, minha melhor amiga e fiel escudeira, fotografando tudo até a última ponta (técnica manjadérrima de exorcismo, que leva em conta a crença de que o coisa-ruinzinha não gosta de sair em foto).

A última palavra é sempre a menos banal: obrigada, amiga, madrinha dos meus filhos e cúmplice no assassinato do pai deles se o puto me trocar por duas de vinte.
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