Orghkut!
Depois que deletei meu perfil do orkut e minha vida tornou-se uma tranqüilidade só, eu recebi uma série de e-mails de uma lista de amigos sobre uma queridinha nossa que se viu forçada a adicionar, em sua conta do orkut, um pentelho trevas, daqueles que encravam e abcedam. As mensagens, todas hilárias, traziam fotos e recadinhos comentados desse sujeito no orkut da querida. Morri de vontade de fazer parte desse bochicho, já que às vezes falar mal dos outros é necessário pra esquecermos de nossas próprias esquisitices. Porém, como orkutexcluída há uns 2 meses, eu só pude escutar bem quietinha.
Aí, dias depois, um amigo me manda um convite pro orkut. Presente de grego, pensei. Choquei-o na minha caixa de entrada por um tempo, dormi com a idéia de voltar e hoje decidi que voltaria, desta vez como VanOr, com um perfil à prova de chacota, à prova de fofoca, à prova de baixaria. Lancei-me no ar às 10h e me deletei às 11h. Tentei, juro. Mas não deu. O orkut, definitivamente, não dá. Ainda mais agora, que tem aquele lance de você ver quem te visitou e vice-versa: isso beira a paranóia esquizóide. Uma amiga confessou que entrou na página de pessoa por pessoa estranha que a tinha visitado e descobriu uma ex-namorada de ex-namorado seu. E aí, é claro, foi detonada a Terceira Grande Guerra Mundial. Não quero isso pra mim. Quero paz, amor e uns joelhaços vez em quando, só pra não ficar mal acostumada. Prefiro não saber quem me lê. A noção de platéia achata o caráter do ser humano.
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