Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

terça-feira, março 20, 2007

Parasitose

Voltei de Mauá com dois carrapatos grudados no meu corpo. O canino Black, que se embrenhou no mato e fez trilhas conosco, não pegou um carrapato sequer (porque a Djindinha dele fez toda a profilaxia necessária). Mas eu, que sou limpinha e tomo banho de luva-arranca-couro, peguei dois ectoparasitos com 4 pares de patas, e os dois nas minhas depiladas axilas, permanentemente tratadas com um desodorante milionário para peles ultra-mega-hiper-sensíveis da Vichy.

Apesar de todo cuidado que tomo comigo, apesar de todo o carinho que tenho por minha própria pele, fui parasitada por dois monstros. Senti um ódio descabido daquelas criaturas levianas me sugando o sangue e a energia vital, se aproveitando de um distraído intervalo entre banhos para me cravarem os dentes e abusarem da minha confiança nas 24h de garantia do desodorante francês. Desesperada de asco e ansiosa para encontrar a solidariedade humana numa hora dessas, já que nem o Black podia entender o que eu estava sentindo, passei um SMS pro Joel perguntando quantos carrapatos ele tinha pego em Mauá. Expliquei que era pra ele procurar com atenção na bunda, virilha e axilas, que é onde esses vampiros aproveitadores costumam se alojar.

Ele me respondeu, poucos segundos depois, como se tivesse o SMS pré digitado há meses, só aguardando a ocasião: "Eu não peguei nenhum. Mas quem procura, acha."

***

Sem sacanagem: foi o joelhaço mais ardido dos últimos tempos. Minha joelhaçoterapeuta experiente, especialista em malucos com baixa auto-estima crítica como eu, perde. Vou passar a pagar ao Joel um dízimo sobre minha joelhaçoterapia. Ele merece.