Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Bate-palminha da estrela

Gente, a culpa me assola! Eu tomo meu floral pra culpa todos os dias, mas ela não me larga! Aí eu entro aqui neste pobre-blog-abandonado e tenho vontade de chorar, mas não um choro que deprime e reforça a coitadice alheia, do tipo "é, meu amigo, eu concordo: o abandono é a pior coisa que há". Seria um choro do tipo desesperado, porque a coisa amada não sai do lugar sozinha.

Se meu blog se movesse com as próprias pernas, eu ia dizer pra ele sair desse lugar quietinho aqui e vir correndo atrás de mim, que eu estou com a corda toda! É verão, é Rio, é gente bonita, e ô gente bonita! Tem mil coisas acontecendo na cidade, pré-carnavalescos, festas eletrônicas em bolha, bailinhos em museus, shows no pier da Praça Mauá (estarei lá pra ver os Titãs), Vik Muniz no MAM, enfim, a vida invadiu a cidade e o Rio nunca esteve tão vivo, tão alegre. Ou talvez a vida tenha me invadido, o que é uma possibilidade bastante razoável, porque eu tenho achado a vida ótima, as pessoas ótimas, a temperatura ótima, o ar está entrando com mais facilidade nos meus pulmões, as comidas de repente ficaram mais saborosas, ou seja: talvez esse meu floral seja tarja preta.

Ou talvez eu seja toda uma tarja preta só, porque o preto é uma cor ótima.

Calma, quartinho verde de bagunça: embora o preto seja ótimo, você continuará verde e continuará por aqui. Quando a vida está ótima assim, o máximo que a gente faz é bater palminhas.