Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

terça-feira, janeiro 03, 2006

A mulher de 33 encara a dura realidade.


Depois de arrumar meus papéis e tomar a sábia decisão de começar a controlar minhas contas somente a partir de agora (e danem-se os comprovantes de despesas de 7 meses atrás), hoje eu resolvi voltar pra minha rotina saudável, que envolve dormir cedo, acordar cedo e fazer ginástica todos os dias. Mais ou menos como em Monsieur Binoche, a canção:

Bom é não fumar
Beber só pelo paladar
Comer de tudo que for bem natural
E só fazer muito amor
Que amor não faz mal

Na academia de ginástica, onde não pisava desde novembro, dei de cara com uma Filizola e não resisti: trepei a bordo. Fiquei profundamente horrorizada com o saldo de tantas festas, comilanças, bebedeiras e excessos em geral: não bastasse eu estar financeiramente falida, bati meu recorde de peso-pesado: 58,3kg. Tudo bem que foram 58,3kg bem pesados, como se diz em feira livre. Mas se eu tirasse o palm top, os fones de ouvido, o relógio, o monitor cardíaco, os tênis, a roupa de ginástica, a calcinha, a pulseirinha, a faixa de cabelo, se tivesse feito xixi antes, se não estivesse de batom, enfim, se fosse pra fazer todos os descontos necessários, a balança talvez nem chegasse aos 57kg. Mesmo assim, eu fiquei tão revoltada com a capacidade do meu organismo de reter calorias (que organismo cara-de-pau!) que fiz 1h e 54min seguidos de esteira, cross trainer e spinning, e arrematei tudo isso com uma aula de Hatha Yoga que certamente me impedirá de andar amanhã, já que nem digitar estou conseguindo direito.

E a realidade é essa: minha academia de ginástica está paga até o carnaval; se eu for à academia todos os dias durante a semana, não cairei na esbórnia; se eu não cair na esbórnia, não comerei besteira, não beberei e nem gastarei o que não tenho. Conclusão: malhar que nem uma doida é a cura para todos os meus males, então vou virar a maior marombeira da paróquia. Se até o carnaval eu não tiver 52kg de novo, não me chamo Vanessa Ornella. (se der merda, vou me rebatizar Pollyana Moça, aquela que acredita até em coelhinho da Páscoa. Aliás, é só voltar a malhar que bate uma vontade doida de traçar um chocolatinho).