Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Peludoterapia, porque eu não nasci pra sofrer.

Gente, eu me emocionei barbaridades com as fotos e histórias que eu recebi de seus peludos. Por trás de cada focinho fotografado, vinha sempre um relato autêntico de amor, companheirismo e amizade incondicional. Se todo mundo tivesse acessibilidade peludal -- em minha modesta opinião, uma condição sine qua non para um mundo melhor --, os humanos poderiam finalmente fazer jus ao próprio nome específico, tornando-se verdadeiros humanistas.

Aproveito o ensejo pra fazer apologia da adoção de peludos sem teto: há sempre um peludo precisando do seu carinho nas ruas e nos abrigos. Não me entendam mal: sou pela posse responsável até o osso. Por isso mesmo, e somente por isso, já fiz várias pessoas desistirem de comprar um cão de raça quando as convenci de que raramente uma paixão que começa pela casca dura muito tempo. Dessas pessoas demovidas da compra-pelo-estereótipo, algumas adotaram peludos puros por cruza, como os meus (tão mestiços, que se tornaram puros de uma coisa nova e única, que só eu tenho: puros de amor por mim, e vice-versa); outras perceberam que podiam comprar um vestidinho ou um relógio e obter o mesmo impacto social de um cão com pedigree*. A todos que me procuram buscando conselho, eu digo que peludo é bom demais, mas para se ter um peludo é necessário tempo, energia e dedicação. Nada menos do que eles, os peludoterapeutas, lhe dariam em quádruplo, mesmo nos dias mais difíceis.

Infelizmente o sistema de upload do blogger não comporta essa farra-do-boi, com o perdão da expressão de gosto duvidoso, de tantas fotos por post, senão eu teria feito uma peludoterapia muito mais intensiva. Deixo vocês aqui com a última leva e a minha sincera gratidão pelo carinho n'alma que foi ter tido contato com seus focinhudos lindos.

*Nada contra os cães de raça pura, eu mesma já tive um (Beagle), mas tudo contra criadores inescrupulosos que fabricam filhotes indiscriminadamente, reduzindo as chances de adoção dos sem-raça-definida e ampliando o espaço para doenças congênitas, peludos tristes e o abandono.

***

Uma vez o Neko sumiu por cinco dias. Aquele enchente no Rio, na mesma época, não foi mera coincidência: era a Tati chorando rios pra ver se ele voltava de bote. E não é que o capitão tomou gosto por essa coisa de navegar?

I want to be alone, disse a ruiva Diadorim à sua personal paparazzi, Jussara. Hoje em dia, um gato não pode mais fazer suas coisas de gato sem essa chateação.

Quem disse que gato não gosta de passarinho? Fubs, personal bicho-do-mato da Monica L, que o diga. Pras visitas ele nunca aparece, mas pr'esses peludos inanimados ele faz a maior sala. (Humf!)

Não sei o que seria da vida da Dani se a Lara (nareba em primeiro plano) não a tivesse adotado. Benditos peludoterapeutas!


Gil, o negubão da Jussara, e sua já flickrinternacionalmente famosa linguinha de fora. Panteras são macias, panteras são irresistíveis, panteras têm brilho próprio.