Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

domingo, setembro 23, 2007

Por partes, como Jack the Stripper.

Parei de assinar Vanessa Ornella. Daqui pra frente meu nome será Van'Or (pronuncia-se vã-nór), mais uma gobbada do Tom que funciona perfeitamente como exercício de reprogramação cerebral ou RPNL, coisa que eu preciso muito pra parar de me sentir a privada do planeta. Infelizmente, pra vocês entenderem o trocadilho de auto-ajuda, teriam de dominar o holandês e o francês. Como eu não falo nenhuma dessas línguas, deixo pra vocês o endereço das respostas de tudo que a gente não encontra no Google, porque o gúgol se esforça mas não chega a Tom Taborda: Ask Tom. E mais não digo, pronto.

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Nelsinho e Arminda, minha famiglia Castro dileta: estou em estágio terminal de saudades de vocês.

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Frase da madrugada, inspirada no "The Power of One", filme sobre o apartheid, essa coisa escrota que existe no Brasil e no mundo todo com outros nomes, em exibição única no CineTom, ontem:

A liberdade só existe em nossa mente, por isso não há liberdade sem sonho. Seja racional por um momento e sinta o mundo atrás de grades inquebrantáveis.


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Não vou dizer que foi o viado escroto vigarista e filho da puta do Renan Caralheiros (e sua legião de quarenta e seis ladrões) que me fez desistir, ainda que temporariamente, de pôr filhos neste mundo. Ele foi de grande valia nesta decisão, sem dúvida alguma, mas se eu me reportar ao tópico anterior, sei que o sonho de ter filhos um dia não morreu, só ficou em stand-by, por trás de grades que eu posso quebrar assim que recuperar minha capacidade de sonhar novamente. E se eu sonho acordada com tantas coisas, posso garantir que minha capacidade de sonhar não morreu, mas ficou encolhida pra tantas outras.

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Falando em imaginário mágico, vi fotos dos cinco anos do meu afilhado, O Cara, brincando com meu pai e o presente de aniversário que eu, Djindinha, mandei por ele: um kit de exploração científica, com uma pochete cheia de bolsos, onde se encaixam potes, puças e lupas para a captura e observação de insetos, além de um bloco de notas e lápis de cor para que meu sobrinho possa registrar tudo o que aprendeu com suas expedições científicas ao maravilhoso mundo dos jardins do playground do prédio. É lógico que um presente desses só faria sentido com um avô a tiracolo, e o avô ensinou aO Cara todo tipo de nome de formiga, explicando detalhadamente o tamanho dos "dentes" de cada uma delas e como elas se organizam dentro de um formigueiro. Meu sobrinho ficou encantado, lógico, mas foi só o avô sair de Salvador que as expedições científicas acabaram. Venho então, por meio deste indignado tópico de post, fazer queixa do mermão, o Papai Ito, por ter encerrado de forma tão ríspida e brutal a brilhante e promissora carreira de entomologista de seu própria filho, sangue de seu sangue, e portanto do meu. Sinto-me amputada e alijada do direito de ir, sonhar e vir.