Eu não estou gorda, estou intoxicada!
Catei dicas no Google de DETOX, que é como os americanos chamam a desintoxicação, forçando uma intimidade nada a ver. Aliás, americano tem mania de intoxicação, e por isso eles têm estatísticas incríveis sobre toxinas, radicais livres e a relação deles com o fim da humanidade, tudo muito científico e com um layout maneiro, que é pra ajudar a vender aqueles livros, sucos, sopas, cremes e suplementos caréssimos que 11 em cada 10 nova-iorquinos consomem religiosamente. Por puro medo do fim. Gente sem religião sempre pode apelar pra desintoxicação quando a barra pesa.
Eu vou me desintoxicar à minha maneira, que é, antes de ser boa ou ruim, uma maneira dura. Brasileiramente dura e criativa. Compilei algumas dicas (muitas se repetem) e criei o Programa Vanessa Ornella de desintoxicação-espada em 7 dias. Nele, eu basicamente terei que dormir mais, tomar vários litros de água e comer uma gama muito restrita de alimentos crus, o que exclui quase tudo o que tem sabor, cinco vezes por dia. Os frufrus do meu programa ficam por conta de uma rotina de cuidados com o corpo e a pele, que eu certamente não vou ter tempo de fazer. Pra me ajudar a fazer 5 refeições por dia, vou andar pra cima e pra baixo com uma sopa na garrafa térmica.
Aqui a receita da tal sopa que eu sempre uso quando entro numa de detox:
- 1/2 aipo;
- 2 cebolas;
- 2 cenouras;
- 4 tomates;
- 1/2 acelga;
- 1 pimentão;
- 1/2 xícara de shoyo.
Como fazer: enfie tudo isso mais ou menos picado numa panela com água até amolecer a cenoura e voi lá: se vira pra comer. Não vale botar sal!
Tem zero caloria, mas é uma merda. Não recomendo pra ninguém.
Estou animadíssima pra começar meu programa na segunda. Hoje não rolou porque meu pai fritou um peixe... minha mãe abriu um vinho espanhol pra acompanhar... e a gente encontrou a torta de chocolate do Natal que algum esperto guardou no freezer. Mas daqui a duas segundas, serei uma nova mulher: linda, magra, limpa e desintoxicada!
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