Curta metragem
Estou lendo um auto-ajuda para quem quer encontrar Deus através de um corpitcho seco, com no máximo 15% de gordura. No segundo parágrafo, percebi que da fruta que o autor come, eu chupo até o caroço: ele descreve com requintes de menina-moça a atração física que sentiu por um pescador negro e musculoso que habitava a aldeia dele. Era pra ser um livro sério, mas eu estou rindo horrores. E isso não será nada bom pro meu desenvolvimento atlético-espiritual. Afinal o cara é Cobra, uma "otoridade" em fitness e poder da mente.
[alterado]
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Li numa revista especializada em gente como a gente que eu quero ser um dia (O2, a revista dos corredores) que cada quilo de músculo corporal humano ocupa o volume de uma bolinha de tênis, ao passo que nosso quilo de banha tem o volume duma bola de futebol. Dei uma espiada na minha última avaliação física e constatei, consternada: tenho 17 bolas de futebol de gordura espalhadas pelo corpo, sendo que pelo menos 12 delas entre bunda e barriga. E o foda-na-roupa é que eu nem gosto tanto assim de futebol.
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No jantar, meu carrancudo pai falava sobre comida, e eu, sonolenta, disse: É verdade, um banquete. Banquete de Platão. E ele: Bah, Platão comia com as mãos, sentado no chão. E eu: Mas inventou o amor platônico. E ele: Grandes coisas, não serve pra nada! E eu: Serve sim: serve pra fazer poesia! E ele... bem, ele se calou.
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Frase desanimadora do preparador físico Fernando Roberto de Oliveira, em entrevista à O2: "Se você quer ser um campeão, escolha bem os seus pais." Ainda estou tentando entender qual o legado genético que meus pais me deixaram. Definitivamente, nada que ver com esportes.
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Li numa revista especializada em gente como a gente que eu quero ser um dia (O2, a revista dos corredores) que cada quilo de músculo corporal humano ocupa o volume de uma bolinha de tênis, ao passo que nosso quilo de banha tem o volume duma bola de futebol. Dei uma espiada na minha última avaliação física e constatei, consternada: tenho 17 bolas de futebol de gordura espalhadas pelo corpo, sendo que pelo menos 12 delas entre bunda e barriga. E o foda-na-roupa é que eu nem gosto tanto assim de futebol.
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No jantar, meu carrancudo pai falava sobre comida, e eu, sonolenta, disse: É verdade, um banquete. Banquete de Platão. E ele: Bah, Platão comia com as mãos, sentado no chão. E eu: Mas inventou o amor platônico. E ele: Grandes coisas, não serve pra nada! E eu: Serve sim: serve pra fazer poesia! E ele... bem, ele se calou.
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Frase desanimadora do preparador físico Fernando Roberto de Oliveira, em entrevista à O2: "Se você quer ser um campeão, escolha bem os seus pais." Ainda estou tentando entender qual o legado genético que meus pais me deixaram. Definitivamente, nada que ver com esportes.
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Esta noite dormi só 3 horas, mas ainda assim arrumei tempo pra sonhar, que o sonho é prioridade em minha vida. Sonhei que tinha uma filha linda. E que o nome dela era Luz.
Luz Lau.
Luz Lau.
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