Aqui se faz, aqui se Lála.
Hoje descobri um caroço no bracinho da Lála. Quando disse isto em voz alta para mim mesma, percebi que meu cérebro involui na presença de cães fofinhos e quetais: onde foram parar meu conhecimento técnico e todo aquele repertório fantástico de termos médicos? O que eu diria normalmente em vez de bracinho e caroço? Tenho certeza de que existem palavras melhores para definir isso, mas a Lála me faz esquecer de tudo, até das minhas herméticas convicções contrárias à humanização de animais. Eu não estou humanizando a Lála, ela já veio humanizada para mim! Só estou mantendo a coerência, juro.
Tentei há pouco assistir um vídeo do Cesar Millan, mexicano radicado nos Estados Unidos que ganha a vida criticando, em cadeia nacional, pessoas que tratam seus cães como filhos humanos (grifo meu, mas o Cesar me mataria). Eu e Lála tínhamos acabado de tomar café e ler jornal na cama, e toda vez que o Cesar dizia que cães se sentem mais felizes quando são tratados como caninos, eu olhava de banda pra Lála e dava graças aos céus por ela não entender o inglês. Parecia que eu a estava traindo com a opção por aquele DVD, mas depois eu lhe expliquei que toda regra tem uma exceção, e que ela, felizmente, era a exceção. Vamos tratar como cachorro o cachorro dos outros, e está muito bom assim.
Aí, carinho vai, carinho vem, passo a mão novamente no caroço. Meu Deus, que caroço é esse?!? Lála tem 8 anos, não é idade pra sair tendo caroço por aí (ou é?). Vou ligar pra veterinária dela (sim, eu sou apenas a babá):
- Lála tem um caroço no braço. Acho melhor fazer um check-up completo, estou com nervoso de palpar.
- Mas tá duro ou mole, aderido ou solto?
- Ai, não sei, tenho medo de ficar apertando. Melhor fazer uma tomografia, é menos invasivo que ficar apertando a coitadinha.
Tenho vergonha de dizer o que me respondeu a veterinária. Foi um banho de água fria tão grande, que eu me aprumei, cocei o saco e logo me pularam da boca palavras de cagação de goma técnica e até uma (forte) possibilidade diagnóstica: lipoma. Tudo bem, lipoma, lipoma não fede, nem cheira. Agora eu e a Lála podemos esquecer essa idéia estapafúrdia de coleta de sangue e check-up, pelo menos por enquanto. Por via das dúvidas, vou parar de alisar muito a menina, porque com toda a minha hipocondria, vou acabar achando chifre em cabeça de burro. E nós já combinamos, cá entre eu e a mocinha, que na sua presença eu sou apenas uma escrava humana muito obediente, e ela minha dona benevolente.
PS: eu perdôo meus pais por fazerem churrasco sem sal e outras receitas pros nossos peludos e depois ainda me perguntarem, na maior cara de pau, por que eles têm tártaro. Perdão válido somente pelos próximos 5 dias, favor não insistir.
Tentei há pouco assistir um vídeo do Cesar Millan, mexicano radicado nos Estados Unidos que ganha a vida criticando, em cadeia nacional, pessoas que tratam seus cães como filhos humanos (grifo meu, mas o Cesar me mataria). Eu e Lála tínhamos acabado de tomar café e ler jornal na cama, e toda vez que o Cesar dizia que cães se sentem mais felizes quando são tratados como caninos, eu olhava de banda pra Lála e dava graças aos céus por ela não entender o inglês. Parecia que eu a estava traindo com a opção por aquele DVD, mas depois eu lhe expliquei que toda regra tem uma exceção, e que ela, felizmente, era a exceção. Vamos tratar como cachorro o cachorro dos outros, e está muito bom assim.
Aí, carinho vai, carinho vem, passo a mão novamente no caroço. Meu Deus, que caroço é esse?!? Lála tem 8 anos, não é idade pra sair tendo caroço por aí (ou é?). Vou ligar pra veterinária dela (sim, eu sou apenas a babá):
- Lála tem um caroço no braço. Acho melhor fazer um check-up completo, estou com nervoso de palpar.
- Mas tá duro ou mole, aderido ou solto?
- Ai, não sei, tenho medo de ficar apertando. Melhor fazer uma tomografia, é menos invasivo que ficar apertando a coitadinha.
Tenho vergonha de dizer o que me respondeu a veterinária. Foi um banho de água fria tão grande, que eu me aprumei, cocei o saco e logo me pularam da boca palavras de cagação de goma técnica e até uma (forte) possibilidade diagnóstica: lipoma. Tudo bem, lipoma, lipoma não fede, nem cheira. Agora eu e a Lála podemos esquecer essa idéia estapafúrdia de coleta de sangue e check-up, pelo menos por enquanto. Por via das dúvidas, vou parar de alisar muito a menina, porque com toda a minha hipocondria, vou acabar achando chifre em cabeça de burro. E nós já combinamos, cá entre eu e a mocinha, que na sua presença eu sou apenas uma escrava humana muito obediente, e ela minha dona benevolente.
PS: eu perdôo meus pais por fazerem churrasco sem sal e outras receitas pros nossos peludos e depois ainda me perguntarem, na maior cara de pau, por que eles têm tártaro. Perdão válido somente pelos próximos 5 dias, favor não insistir.
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