Não vejam antes de ler o texto!
Estávamos conversando sobre formas robóticas de subir uma escada sem usar os joelhos, quando o Tom Taborda manda essa:
"(...) eis outro protótipo que irá deixá-la um tanto... perturbada:
O exército americano está tentando desenvolver uma espécie de 'mula de carga' robótica. É um 'animal' robótico quadrúpede e autônomo, capaz de equilibrar-se sozinho em qqr terreno, levando a carga diligentemente.
O bichinho atende pelo nome de Boston Dynamics 'Big Dog'.
A não ser pelo zumbido constante e irritante, são impressionantes seus movimentos e equilíbrio."
O vídeo é este aqui, e eu comecei a assistir completamente indiferente - afinal, trata-se de um robô pro exército americano, tipo assim: foda-se. Eu só não podia imaginar que, quando o Tom disse que eu poderia ficar perturbada, ele estava efetivamente vendo minha reação numa bola de cristal. Aliás, eu jamais poderia imaginar que um dia pudesse colocar as palavras "perturbada" e "robô" no mesmo contexto, mas foi eu ver o vídeo pra me esvair em lágrimas. Transtornada é pouco pra descrever o que senti ao ver um cara chutando uma máquina que anda e se equilibra como um quadrúpede. Em algum momento, eu esqueci que aquilo fosse uma máquina, e só conseguia ver fidelidade (do quadrúpede carregador de peso) e ingratidão (do cara que chuta quem lhe faz tanto bem). Do chute eu diante, eu não parei de sentir náusea, desespero e pânico.
Estou alertando vocês: só assisti até o final porque, afinal, era um robô, mas putz grila: haja coração! Eles desenvolveram uma máquina com uma propriocepção inimaginável em algo articulado sem um SNC perfeito. Estou impressionada, não apenas com a máquina, mas com os efeitos que o vídeo teve sobre mim.
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