Sumi não, uai. (ou Tem dieta que é píula!)
Gente, tô em Belzonte com meu Lauzinho. O computador aqui serve pra fechar as contas das mesas do Café do Sol, é meio flórida ficar alugando pra escrever no blog, mas aqui vai uma confissão que não pode esperar por um padre ou um joelhaçoterapeuta. Desculpe, eu sei que a retina de vocês não é penico, mas lá vai:
Voltei ao nutricionista depois de uma semana de dieta, fazendo 6 refeições microscópicas por dia, com hora, ingredientes, temperos, misturas, cachaça zero e tudo absolutamente controlado, exceto pela minha fome, que eu senti uma fome que, juro por Deus, só senti igual na faculdade, numa época em que eu fumava ervas orgâncias que disparavam um laricão animal no contribuinte. Cheguei a escrever um e-mail e-menso pro nutricionista dizendo que assim não era possível, que tinha alguma coisa errada, eu ia pirar de fome, que comida não podia ser uma coisa assim tão controlada, corrupção, violência e bandidagem, sim, vá lá, mas comida era coisa pra se tratar com prazer e não amarras. E o puto me liberou pra comer uma fruta extra por dia, fala sério!
Um super-mega parêntese aqui: o erro dessa dieta de fome miserável dele é o tal do dia livre. Um domingo em que se pode comer de tudo. Vocês podem imaginar que passei 72 horas cronometrando os segundos pro domingo chegar, e só de pensar em domingo, eu tinha um pré-orgasmo. E quando o domingo chegou, of course, eu dei uma enfiada de pé na jaca geral.
Voltei ao nutricionista depois de uma semana de dieta, fazendo 6 refeições microscópicas por dia, com hora, ingredientes, temperos, misturas, cachaça zero e tudo absolutamente controlado, exceto pela minha fome, que eu senti uma fome que, juro por Deus, só senti igual na faculdade, numa época em que eu fumava ervas orgâncias que disparavam um laricão animal no contribuinte. Cheguei a escrever um e-mail e-menso pro nutricionista dizendo que assim não era possível, que tinha alguma coisa errada, eu ia pirar de fome, que comida não podia ser uma coisa assim tão controlada, corrupção, violência e bandidagem, sim, vá lá, mas comida era coisa pra se tratar com prazer e não amarras. E o puto me liberou pra comer uma fruta extra por dia, fala sério!
Um super-mega parêntese aqui: o erro dessa dieta de fome miserável dele é o tal do dia livre. Um domingo em que se pode comer de tudo. Vocês podem imaginar que passei 72 horas cronometrando os segundos pro domingo chegar, e só de pensar em domingo, eu tinha um pré-orgasmo. E quando o domingo chegou, of course, eu dei uma enfiada de pé na jaca geral.
O resultado foi que, no dia do julgamento final, na hora da revisão semanal com o nutricionista, eu tinha engordado 400g. Até aí tudo bem, que se eu faço merda, eu assumo, e se tem coisa que não suporto é gente que não se assume, mas o que me tirou do sério, o que me fez querer arrancar os olhos do nutricionista, foi ele ter virado pra mim, com aquela cara cretina de escritor de auto-ajuda, e dito:
- Não desanime, não. Você merece emagrecer!
Cheguei à conclusão que há coisas na vida que a gente só consegue fazer sozinha, sem ajuda. Se você precisa matar uma pessoa, por exemplo, ou se precisa emagrecer (tendo lido 20 anos de revista femininas com tudo o que existe de informação a respeito de dieta), esqueça o cúmplice ou o nutricionista. Cúmplice e nutricionista são duas coisas que só servem pra atrapalhar. Faça a sua coisa e cague pra opinião alheia. Cada um sabe de seu cada um.
- Não desanime, não. Você merece emagrecer!
Cheguei à conclusão que há coisas na vida que a gente só consegue fazer sozinha, sem ajuda. Se você precisa matar uma pessoa, por exemplo, ou se precisa emagrecer (tendo lido 20 anos de revista femininas com tudo o que existe de informação a respeito de dieta), esqueça o cúmplice ou o nutricionista. Cúmplice e nutricionista são duas coisas que só servem pra atrapalhar. Faça a sua coisa e cague pra opinião alheia. Cada um sabe de seu cada um.
Agora, pelo sim, pelo não, estou associando essa dietinha suicida do nutricionista com a dos Vigilantes do Peso. E, desta vez, eu não abri mão da bebida alcóolica, vá pra píula que o pariu, mas desse luxo eu não abro mão, porque a qualidade de vida não pode cair com dieta alguma. E os Vigilantes podem ter mil defeitos de caráter e culpa no cartório em situações pregressas comigo, mas pelo menos eles não são radicais a ponto de modular a vida social de uma pessoa.
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