Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

quinta-feira, maio 17, 2007

Rascunho de carta bomba

Querida ex-jararaca,

Antes que eu me esqueça, que eu estou com o sistema muito nervoso, vai tomar no meio do olho do seu c*. Você entendeu, sua cretina: substitua o "*" pela letra "u". E vê se deixa de ser sonsa, pelo menos uma vez nessa sua vida miserável: é muito importante que eu te diga isso antes que você morra, e eu espero sinceramente catalizar sua morte com isto. Não que eu tenha o poder de matar alguém apenas com a força do pensamento: quem fumou a vida inteira, que nem uma chaminé, foi você, sua nojenta desalmada. E quem fuma a vida inteira não precisa de inimigos. Tampouco tenha essa ilusão megalomaníaca de que eu sou sua inimiga: você está aquém do meu ódio. É até possível que eu, aparentemente, te odeie; isso é só pra não odiar sua vítima mór, o filho que eu namorei. Porém, convenhamos: qualquer anencéfalo acadêmico de psicologia na UniverCidade de Tribobó City (noite), sacaria essa.

Resumindo muito, sua escrota, queria dizer que todas as roupas que você me deu são ótimas pra uma Testemunha de Jeová, e foi só por isso eu dei todas aquelas saias longas e blusas de ombreira no sinal, pro cara do biscoito Globo e pros meninos de rua malabaristas, que com certeza vão poder usar esse figurino ridículo em algum espetáculo circense.

Outra coisa: na próxima encarnação, vê se trepa de verdade com seu filho. Não fique nessa punheta de "ela não é boa o bastante pra você". Assuma sua perversão, vá pro inferno e seja feliz.

Eu ia escrever alguma coisa mais elaborada, mas você não merece meu latim. Tem sorte de merecer meu vinho de mesa, comprado a preço dessas suas velas de macumba no Mundial. In vino de mesa, semper veritas.


PS: acabo de economizar 5 anos em psicanálise porque tenho certeza absoluta que a vaca me lê.