Por que somem os blogueiros?
Olney, este post-dedicatória é pra você, que passou por aqui há alguns dias e observou que eu não escrevo nada desde 02 de julho de 2007, exatos 18 dias antes do meu aniversário. Porque você gosta de mim e a recíproca é verdadeira (eu tenho uma queda muito forte por gente que gosta de mim, embora meu forte mesmo seja por gente que não gosta muito de mim, mas quem mandou eu nascer mulherzinha canceriana, lationamericana e de auto-estima e estatura mediana, que gosta muito de fulano, mas ciclano é quem me quer?). Eis aqui uma singela lista de justificativas rasas pro sumiço eventual de um blogueiro de seu próprio blog:
1) Paixão carnal: a criatura que bloga eventualmente arruma um parceiro para ensaiar a complicada dança do acasalamento, embora isso seja muito raro hoje em dia por causa, EXCLUSIVAMENTE, do efeito estufa (está difícil elaborar agora, mas um dia eu prometo que explico);
2) Virose: o blogueiro, indivíduo naturalmente esverdeado pela luz de escritório, de vez em vez sucumbe a um vírus semi-letal que só se propaga em ambientes climatizados à temperatura e semelhança da primavera na Sibéria.
3) Carnaval em Salvador (ou qualquer outro evento que envolva bebedeira pesada): o animal blogante, quando dá de beber, não bebe apenas: se afoga. As bebedeiras que resultam em coma alcóolico normalmente afastam o blogueiro do ar por alguns dias, mas não muitos, porque quanto maior a enfiada de pé na jaca, maior a necessidade de escrever sobre elas.
4) Trampo: como quase todas as pessoas, o blogueiro tem contas pra pagar. Às vezes, eu finjo que nem é comigo e vou deixando acumular, mas tem horas que o saldo devedor chega a um nível tão insustentável de malcriação (dívidas são criaturas vermelhas extremamente malcriadas, que ficam enfiando o dedo no nosso nariz e dizendo, com a mãozinha na cintura: "E aê, minha filha, pode ser ou tá difícil?"), que a criatura blogadeira aceita -- contrariada -- todo o tipo de frila com prazos suicidas, sempre pra anteontem.
4) Festa da Luciana Pordeus (FLUP): evento off-FLIP (graças ao Pai Sagrado, que Pordeus sabe o que faz!) sediado no QG dos Pordeus Caldeira Brant, com a presença luxuosa de algumas (muitas!) das minhas pessoas favoritas, que passaram quatro dias sob o mesmo céu estrelado, contando "causos" impagáveis à mesa de mimos mineiros e temperos maternos sem par, com direito à sinfonia de pássaros e rosnados destemperados de um cachorro que ficou de quatro por mim e vice-versa (bem, ele já estava de quatro -- quem se humilhou pelo ser amado, pra variar, fui eu).
Porque eu ainda estou movida pela emoção do encontro e pela tristeza da despedida, prefiro narrar os melhores momentos através de algumas fotos que falam mais do que mil posts de mea culpa. Como o bom filho à casa torna, cá estou novamente, mas sonhando com a próxima FLUP.
Carolina (clone vocal da mãe, Heliana), Scooby e eu, na praia do Scooby (partidão, partidão!): os viralatas se entendem, se amam e beijam.
Aldo, Monica L, moi et Pordeusinha no blecaute de Paraty: graças ao nosso brilho próprio, a FLIP, FLOP, FLUP seguiu a todo vapor.
Comemos e bebemos tanto na casa da Pordeus que, ao final desta refeição, especificamente, tivemos de jogar boliche com as rolhas de champagne, que ocupavam muito lugar no espaço. Em um determinado momento, lembro-me vagamente de ter bebido champagne (ou bourbon, ou vinho, ou licor de banana, ou todas as anteriores) com absinto. No dia seguinte, lá estava eu de manhãzinha, impávido-colosso, de tênis de corrida, pronta pra limpar meu sistema etílico de todo sangue ou vice-versa.
Juca, a papagaia que parece fofa, mansinha, etc e tal, até porque dança na boquinha da garrafa e tem uma CDeteca infantil de matar de inveja a Sasha-da-Xuxa, mas que quase amputou meu dedo nessa de "dá o pé, louro". Jamais confiem em uma criatura sem pêlos, por mais letrada, dançante, colorida e eloqüente que seja! Esses atrativos são pura armadilha pra deglutição de dedos distraídos.
Eu e meu novo namorado canino de personalidade tímida e reservada, o Lao (eu tenho atração pelo nome e por machos de difícil trato). Na foto, ele me paquera -- sem que eu perceba muito --, e até mesmo ignora o fato caninamente relevante d'eu ter um pedaço de torresmo nos lábios. É assim com os machos tímidos: a gente joga a isca e um dia eles caem. Há de se ter paciência (e haja torresmo!).
Heliana, eu e Luciana no passeio de barquinho de domingo: os dias podiam ser sempre assim!
Marcadores: FLUP
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