Braços abertos sobre a Guanabara
Eu vi na fofa da Ana Maria Braga esta semana uma matéria sobre a exposição que a bisneta do criador do Criador -- aquele dos braços abertos sobre a Guanabara -- está fazendo no Rio por esses dias. Em uma das instalações, o visitante pode ficar parado sobre um ponto, cercado de fotolitos de paisagens por todos os lados, e ter a mesma sensação que o Redentor teria se fosse uma pessoa gigante, ali, de braços abertos, sobre a montanha.
Toda a minha vida eu tive vontade de fazer isso: ser o Redentor por um minuto. Nem tanto pelos superpoderes, mas mais pela paisagem. Se for pra brincar de Deus, só quero saber da parte fácil e café com leite do faz-de-conta.
Toda a minha vida eu tive vontade de fazer isso: ser o Redentor por um minuto. Nem tanto pelos superpoderes, mas mais pela paisagem. Se for pra brincar de Deus, só quero saber da parte fácil e café com leite do faz-de-conta.
Aliás, na mesma Ana Maria Braga, vi uma reportagem sobre um senhorzinho fofo (como são fofas as pessoas dos programas matinais!) que compra passarinhos caçados em reservas e os devolve à Natureza. E ainda diz pro pilantra do traficante: pode ficar com a gaiola e com o troco, meu filho. E o pilantra -- isso o programa não mostrou, foi só minha imaginação torpe que elocubrou -- pensa: "Otário! Vou pegar mais dez passarinhos desses e enfiar na mesma gaiola pra esse mané comprar. Ele solta, eu vou lá e pego tudo de novo."
O papo do passarinho não foi off-topic, não: foi só pra ilustrar a dificuldade que Deus deve ter na hora de decidir quem vai pro céu ou pro inferno.
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