Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

sexta-feira, abril 13, 2007

Obrigada, admirador(a) anônimo(a)!

Niki eu estou colocando minhas finanças em dia, e eu acredito que levarei mais algumas semanas pra pôr em ordem o que está fora de lugar há 2 anos, eu tenho um reencontro fantástico com meu cartão de senhas eletrônicas do Banco Real e, já que o internet banking é de graça mesmo, entrei lá pra ver a real situação da minha conta nos últimos 90 dias.

Não sei se os bancos de todos vocês padecem da mesma insensibilidade do meu, que, pra constranger o cliente, grifa todos os débitos em conta em vermelho, deixando só saldo e um ou outro crédito solitário em preto. Pro meu horror e choque, eis que eu me deparo com um extrato flamenguista típico: pobre, mas limpinho, e bem mais rubro do que negro (porque o vermelho é a cor da paixão!). Como o que passou, passou, e quem vive de passado é museu, dei uma de Pollyanna Moça, que é o único alter-ego que me protege do suicídio nessas horas, e verifiquei, naquela maldita lista avermelhada de cinco páginas, o que eram aquelas coisinhas simpáticas, em preto. Pois não é que no dia 09 de abril de 2007 -- por coincidência ou não, um dia depois d'eu ter postado aqui o número da minha conta*--, constava um depósito em cheque de vinte reais?! E o que é melhor: o cheque tinha fundos!!!

Perguntei pra minha mãe e pro meu pai se eles estavam expiando seus pecados com cheques em minha conta, ao que eles disseram que "claro que não, sua ridícula". E ainda falaram mal da minha analista, como é típico (a culpa é sempre imputada ao pobre do analista, que afinal desbloqueia o super ego do contribuinte pro bem e pro mal).

Matutei por uns instantes e fiz uma detalhada lista de todos os suspeitos amigos caridosos semiduros (ah, sim, que se fossem duros, teriam cagado; e se fossem ricos, teriam depositado mil, e não vinte!) que poderiam, porventura, depositar vintão assim, distraidamente em minha conta. Noves-fora-zero, concluí que meus amigos são equilibrados demais (com duas ou três exceções que não estavam entre os suspeitos) pra depositar um cheque de vinte reais na minha conta, até porque eu sou a única pessoa no planeta que descobriu só este ano que se paga uma taxa absurda na emissão de um cheque inferior (inferior a quem, cara pálida?).

Como ninguém me devia nada do dia 9 em diante (muito pelo contrário!), e como eu nãoacrediteinosegredo.com.br, que é um filme de auto-ajuda auto-repetitivo que passa duas horas dizendo que é só pedir, que o Universo dá, Sherlock Van Homes chegou à brilhante conclusão de que algum leitor benfeitor -- ou talvez até meu gerente querido do Real, que me viu chorar como uma heroína de novela mexicana -- fez uma caridadezinha pra cima de moi. A essa pessoa boa, de coração puro, alma elevada e espírito evoluído (desculpe a redundância, mas sempre me faltam adjetivos quando eu puxo o saco de alguém), o meu sincero muito obrigado! Fique à vontade pra depositar todo mês, tá bem, meu amor?

Ó, pode parecer que estou mudando de assunto, mas não estou: eu vi OCheirodoRalo.com.br ontem (sorry, Marina, mas eu vejo de novo quando você voltar!) e tive uma idéia excelente pra ganhar dinheiro: eu posso mostrar minha bunda! Quando eu vou à praia, eu mostro e não ganho nada com isso, então não custa nada oferecer uma rápida visão da minha região glútea em troca de dinheiro. Se algum leitor pervertido tiver interesse em ver minha bunda ao vivo e em cores, é só trazer dinheiro o suficiente pra eu cobrir meu cheque especial (é só um valor simbólico, o que importa é a arte, a entrega e a poesia do ato de mostrar a própria bunda em troca de dinheiro) e se apresentar, aqui em casa, ao meu pai e ao meu irmão, que são as melhores pessoas do mundo pra tratar de tarados com requintes de crueldade.

Os tarados que sairem daqui fraturados e com olho furado (há bundas que furam o olho só de se pensar nelas) estarão automaticamente proibidos de voltar, que na minha casa nós somos todos sádicos, mas temos horror a masoquistas.

* Pra quem não viu o post com minha conta do Real, seguem novamente os dados para depósitos de origem, datas e valores randômicos: ag 0454-5, cc 6710686-6. Esta é minha conta Real de verdade, gente, mas nem adianta tentar hackear, que ela está no osso! Tentem alguma coisa com a conta do filho do Lulla ou dos Secretarios Municipais investigados por improbidade administrativa em convênios misteriosos. Essa galera, sim, tem mais entre o contracheque e a Terra do que supõe nossa VanOr filosofia.