É de famiglia!
Comentei com meu pai sobre a impertinência de alguns alunos da pós-graduação. Ele, que é aluno elevado, assim como eu, contou de seu primeiro dia numa aula de sua segunda graduação há poucos dias: o professor fez aquela atividade constrangedora típica de início de período, em que todos os alunos se apresentam para a classe dizendo o nome e suas principais características. Numa turma repleta de mulheres, 80% do eleitorado se apresentou como "meu nome é fulana, e eu sou muito ansiosa" ou "eu sou a sicrana, e sou perfeccionista". Meu pai, constrangido, se encolheu na cadeira, mas o professor o encontrou e o obrigou a dizer seu nome. Meu pobre pai, obediente, disse. Parte da turma, que conhece o mau humor da fera, cobrou do professor: ele não falou de suas características! E o professor voltou-se pra sua vítima, meu pai, e pediu: "E você, Jorge, como é?".
- Eu sobrevivo sem muitas dificuldades, respondeu.
- Como assim?!?, a turma de sacanas quis saber.
E meu pai, que perde o amigo sem pestanejar, mas jamais perde a piada, explicou:
- Eu me viro bem num ambiente de pessoas ansiosas e perfeccionistas, mesmo quando elas me enchem o saco.
- Eu sobrevivo sem muitas dificuldades, respondeu.
- Como assim?!?, a turma de sacanas quis saber.
E meu pai, que perde o amigo sem pestanejar, mas jamais perde a piada, explicou:
- Eu me viro bem num ambiente de pessoas ansiosas e perfeccionistas, mesmo quando elas me enchem o saco.
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