Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

terça-feira, abril 24, 2007

O Clube dos Ridículos

Black e eu criamos o Clube dos Ridículos. Em parte, graças ao ...***... -- Aquele Que Tudo Sabe, Tudo Lê e Tudo Rastreia --, em parte pela milícia da maturidade e, por fim, para quebrar a monotonia da repressão moral e cívica. Se a linha tá dura, enfia no c*uh (do censor) e rasga. No Clube dos Ridículos, a ordem é ser irreverente. Não há taxa de admissão nem mensalidade, o que é um dado fundamental pros ridículos duros, mas, em compensação, também não há mensalão. Ser ridículo não põe comida na mesa, mas a gente não quer só comida, a gente quer ser comida, diversão e arte.

Ridículo que é ridículo não perde uma chance de fazer um trocadilho infame. Nem de fazer uma piada politicamente incorreta:

Cena ridícula 1: no posto de gasolina Esso.

Um ridículo canino late prum ridículo tigre gigante de fibra de vidro. Ridículo humano observa a cena, às gargalhadas, e acaba desviando a atenção do canino quando sai da loja mastigando um suculento pão de queijo. Ridículo de quatro patas saliva, senta, deita e dá a patinha. Ridículo bípede tortura o pobre cão, comendo o pão de queijo, migalha por migalha, enquanto a baba do peludo encosta no chão. Menino de rua se aproxima e pede:

-- Ô, tia, me dá um trocadinho aê.
-- Ô, meu amor... a tia não tem... não tem nem pra dar comida pro cachorro, coitadinho. Olha como ele tá morto de fome.
-- Ah, vá pá porr_a!
-- Ah, vá pá p*orra você também!

***

O bom de ser ridículo é poder terceirizar pras pessoas realmente sérias as mazelas do mundo. Isso já tira um baita peso dos ombros.