Pequenos pensamentinhos
Se tem um título que eu odeio ver traduzido é "Little Women", de L. May Alcott. Meu sangue ferve, corre ao contrário e eu sinto engulhos biliares quando entro numa livraria e vejo um exemplar de "Mulherzinhas". Há certas coisas que não deveriam ser traduzidas jamais, pelo bem da eufonia. Ou então, vá lá, pelo meu bem. (ódio!)
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Estou cada vez mais próxima de acreditar em Deus: estou praticamente convicta de que Seu antagonista -- Aquele que Tudo Vê, Tudo Lê, Tudo Sabe e Tudo Encontra -- existe. Desde que fiz aqui aquele pacto capitalista com o coisa ruinzinha, tenho visto diversos a_nú*ncyos de filhotes de raça pura neste quartinho, em minha própria casa! Logo eu, que sou a maior adepta do vira-lata, a maior lobista da posse responsável e uma das combatentes mais ferozes que conheço (modéstia & fúria à parte) de criadores inescrupulosos que injetam centenas de milhares de filhotes com anomalias esqueléticas e etc no mercado, todos os anos. Ô, raça!
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A peituda, loura e japonesa Lola deu uma roupinha de inverno pro friorento Povo Brasileiro, mas meu pai não permitiu que la mia mamma o ornamentasse "com aquilo!" Minha mãe vestiu o magrelote em segredo, e ficaram os dois, quietinhos e felizes da vida sob a coberta, longe do crivo machista de quem acha que cachorro de roupinha é coisa de viado.
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E por último, mas justamente por ser o mais importante, eu assisti à final do estadual ontem na casa de vascaínos. Eu era a única no prédio inteiro a gritar "Goooooolaaaaço!!!" ou "Fraaaaaaangaaaaço!" na hora dos pênaltis, sempre puxando a brasa pro meu Flamengo. Nada contra o Botafogo, que é um time super fofo e inofensivo (hahaha), mas chega a ser enternecedor ver a carinha desoladinha dos vascaininhos quando o Mengãozãozãozão ganha. E nem precisa ser deles! É cuti-cuti-cuti demais, gente!
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