Neném novo e palavra do dia
Ontem, um mês exato antes do meu aniversário, nasceu a Nina, filha da minha Prima Joana. Na foto acima, vocês podem vê-la no colo do Jitman, avô babão, que por sua vez foi um pai tão embevecido quanto aquele do filminho da Sprite. Desde que essa foto chegou pra mim, há algumas horas, eu entro no computador de dez em dez segundos pra namorá-la, pra sentir o cheiro de bebê pequeno, a alegria da família numa hora dessas e tentar inventar uma desculpa boa o bastante pra eu não ter visto a barriga da minha Prima Joana nem uma única vez durante esse tempo todo que a Nina cresceu lá dentro. Cheguei a um esboço mal elaborado, que vai mais ou menos assim: Prima, eu não vi a Nina antes dela ficar pronta, mas passei oito meses e tal imaginando que ela seria justamente linda assim: sem tirar nem pôr.
Se vocês pararem pra pensar bem, mas pensar forte mesmo, a gente usa basicamente as mesmas 200 palavras para 90% de tudo que significa comunicação: uns 30 pronomes, uns 50 verbos, uns 10 advérbios, 30 adjetivos irados-aê, 10 interjeições e o saldo de substantivos que designam as coisas mais comuns do dia-a-dia, como rango, grana, água e dia.
Às vezes, uma palavra fora desse repertório básico-zero de comunicação basal nos chama a atenção. Hoje foi o dia da palavra temeridade me gritar aos ouvidos. Só hoje, ouvi-a umas doze vezes, sempre pronunciada assim, sílaba a sílaba, como se fosse um faniquito de cabeleireiro ou um pré-desmaio de fadinha. Vão aqui alguns exemplos do uso vulgar da nossa palavra do dia:
- Eu acho uma te-me-ri-da-de dar qualquer tipo de poder pra uma pessoa com a cabeça tão fraca quanto aquela vaca leviana. (quando falávamos sobre uma vaca leviana de meu trabalho)
- Aquele louco toxicômano tirou carteira de motorista? Nossa, que te-me-ri-da-de!
- É uma te-me-ri-da-de sair desse prédio debaixo de tiroteio assim. (quando eu disse que já não ouvia mais barulho de tiro algum, e achava que já dava pra sair do bunker voltar ao trabalho, lá no hospital veterinário da Mangueira, onde a chapa tem andado quente)
- Vai correr a meia mesmo? Nossa, que te-me-ri-da-de. Você é ma-lu-ca.
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Se vocês pararem pra pensar bem, mas pensar forte mesmo, a gente usa basicamente as mesmas 200 palavras para 90% de tudo que significa comunicação: uns 30 pronomes, uns 50 verbos, uns 10 advérbios, 30 adjetivos irados-aê, 10 interjeições e o saldo de substantivos que designam as coisas mais comuns do dia-a-dia, como rango, grana, água e dia.
Às vezes, uma palavra fora desse repertório básico-zero de comunicação basal nos chama a atenção. Hoje foi o dia da palavra temeridade me gritar aos ouvidos. Só hoje, ouvi-a umas doze vezes, sempre pronunciada assim, sílaba a sílaba, como se fosse um faniquito de cabeleireiro ou um pré-desmaio de fadinha. Vão aqui alguns exemplos do uso vulgar da nossa palavra do dia:
- Eu acho uma te-me-ri-da-de dar qualquer tipo de poder pra uma pessoa com a cabeça tão fraca quanto aquela vaca leviana. (quando falávamos sobre uma vaca leviana de meu trabalho)
- Aquele louco toxicômano tirou carteira de motorista? Nossa, que te-me-ri-da-de!
- É uma te-me-ri-da-de sair desse prédio debaixo de tiroteio assim. (quando eu disse que já não ouvia mais barulho de tiro algum, e achava que já dava pra sair do bunker voltar ao trabalho, lá no hospital veterinário da Mangueira, onde a chapa tem andado quente)
- Vai correr a meia mesmo? Nossa, que te-me-ri-da-de. Você é ma-lu-ca.
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