Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

quarta-feira, dezembro 31, 2008

Para não corromper o ano

Pratique uma atividade física, porque sua prática regular libera endorfinas que a leitura jamais conseguiria. E leia mais, porque ler é como viajar sem passaporte para lugares incríveis com pessoas interessantes sem a chatice de ter de fazer malas e depois pagar a variação cambial no cartão de crédito.

Coma devagar para comer apenas o necessário, mas cometa mais excessos em todas as outras coisas ligadas ao afeto. Porque o amor que a gente não passa adiante empedra em nossa alma e vai nos transformando em criaturas secas e desprovidas de energia vital.

Todos os dias, telefone para um amigo querido com quem não fala há muito tempo e não esqueça de lhe dizer porque ele ocupa um lugar importante em sua memória afetiva. Aproveite a ligação para exercitar a arte de não se queixar. As lamúrias acabam afastando coisas boas da gente.

Organize seus armários e aproveite para doar as coisas que não usa há mais de dois anos. Lave e dobre todas as roupas com carinho e coloque um bilhete em cada peça dizendo que momento feliz você passou dentro dela, porque talvez isso contagie a pessoa que está recebendo a doação. Ou sensibilize a pessoa que está pensando em roubá-la antes que atinja seu destino final. Só não se furte ao prazer de fazer os outros felizes simplesmente porque algumas poucas pessoas o ignoram em seu egoísmo patológico.

Utilize melhor seu tempo para evitar o aborrecimento de sair de casa sempre correndo, atrasado. E use todas as ferramentas necessárias para controlar o estresse: respiração, yoga, terapia ou anestesia. Porque está cientificamente provado que o estresse traz cabelos brancos, e eles são grossos e salientes e nascem em ninhos, lembrando-nos que a vida é breve e é uma só, portanto devemos fazer dela absolutamente o melhor.

À meia noite de hoje, beije uma pessoa que você gosta muito e deseje-lhe coisas boas. Deseje-se coisas boas também, mas não se esqueça que o empenho e o amor-próprio são as melhores ferramentas jamais inventadas para a prosperidade. Empenhe-se em ser feliz, que o ano será bom.

O ano é sempre bom, a nossa falta de compromisso com a felicidade é que o corrompe.

Um feliz 2009 pra vocês, do fundo do meu coração.

beijos,

VanOr

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Cortejo atlântico à Yemanjá

Posto 3, madureira tá chegando. Ainda dá tempo.

domingo, dezembro 28, 2008

Mangia che te fa bene

Alguém pode ver o pão-de-queijo no forno pra mim? Passa a rabanada fazendo o favor? Isso, aí... não, tá lá atrás da fruteira. É, só uma. Por enquanto. Abram espaço na mesa para os ovos fritos no azeite! Usam muito azeite no mediterrâneo, teve até um Globo Repórter sobre isso: todo mundo magrinho e com 100 anos, mas tudo com carinha de 80. Eles também têm uma vida muito ativa, não é só o azeite. E o peixe, eles também comem muito peixe! Aposto que eles não fritam azeite com ovo, né? Porque assim não há cristo que segure o colesterol. Ai, gente, uma goiaba inteira... eu não aguento. Alguém divide uma tangerina comigo? Passa uma facaí pra mim por favor? Não, essa não, uma de ponta, eu prefiro. Valeu, minha nêga! Ainda tem café? Quem mais vai querer café, eu vou fazer mais. Ih, essa rabanada tá entuchando a mesa, alguém ainda vai querer rabanada? E o pão-de-queijo? Minha nêga de Deus, o pão-de-queijo! Mas ele não cresce, não? Ó, se ficar moreno demais não presta, fica duro por dentro. Não, não cresce mais que isso, esse aí é miniatura mesmo. Ninguém tomou suco, heim. Tomou, tomou, sim, mas você fez 2 litros de suco. Ninguém toma tanto suco, nem aqui e nem no Mediterrâneo! É, o negócio de vocês é caixinha. Se estiver numa caixinha, vocês comem; se não estiver, não comem. A médica do Pedro Augusto pediu pra evitar, mas... Pelo menos ele come muita fruta. Esse requeijão aqui ó, já era. Já tem mais café? Divide uma salsicha comigo? Cadê a rabanada que estava aqui? Poxa, eu disse que ia comer mais uma! Não é todo dia que tem rabanada velha na mesa. Também não é todo dia que a família está toda na mesa.

E o café, minha gente, já saiu? Sabe do que eu senti falta no café da manhã de hoje? De nada! Mas, ó: vamos tirar a louça no par ou ímpar, valeu? Vê se Pedro Augusto come um pãozinho-de-queijo de Minas, o bichinho não come é nada. Ô menino difícil de comer, se a gente não fica em cima, hum!

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Natal e guerra

Eu sempre fui da escola que acredita que a emoção se transmite sem palavras; que as palavras são apenas uma ferramenta importantíssima, mas emoção se passa pelo olhar, por uma contração labial incomum, o volume ou o tom da voz, o padrão respiratório, enfim, coisas que qualquer animal pode fazer, até nós. Eu sempre quis pensar que as palavras são apenas acessórios do sentir para não usurpar ainda mais dos animais seu direito às emoções, pois a humanidade se especializou em negar o sentimento dos bichos para justificar o tratamento brutal destinado à maioria deles. Mas não foi por esse motivo triste que eu toquei neste assunto. Quis falar da importância das palavras porque hoje é Natal, e as palavras são cruciais no Natal.

Minha avó, vocês já devem estar carecas de saber, todos os anos me explicava o que era Natal, Páscoa e todas essas coisas onde se reunem família e comida com uma desculpa religiosa de fundo. Eu ouvia as palavras, mas só registrava o brilho no olhar, o sorriso, o gestual da felicidade plena, e era por isso mesmo que todos os anos eu sempre pedia para que as palavras fossem repetidas, porque, como todo bom cachorro, eu me condicionei a ver minha avó feliz naquele contexto, e como cão condicionado que sou, eu hoje amo o Natal acima de todas as coisas. Amo estar com minha família, mesmo quando estou frustrada por não ter conseguido terminar um décimo das coisas que queria fazer para pôr debaixo da árvore; amo ver a alegria dos meus pais preparando a casa e a ceia nos mínimos detalhes e com semanas de antecedência para algo que só dura um dia e meio. E as palavras nisso tudo? São tão voláteis quanto o refogado do recheio do peru, mas são lindas quando emolduram um sorriso ou um beijo de Feliz Natal.

Expliquei pra um amigo estrangeiro como é o Natal aqui, e ele, que sempre comemorou Natal num bar com os amigos mas ficou deslumbrado com a minha descrição (eu só falei a verdade), perguntou se poderia passar o Natal aqui no ano que vem. Porque há coisas que a gente precisa ver para crer.

***

O Ken, meu namorado, viu um navio de guerra em Copacabana dia desses. Ele falou pra mim assim (mas tudo em inglês, que ele ainda está engatinhando no português):
- Eu vi um navio de guerra em Copacabana.
Eu, que estava distraída, achei que tinha ouvido algo errado e perguntei, só pra verificar:
- Como?!? Uma espaçonave em Copacabana?
- Não, tolinha. Um navio de guerra.

Pra quem não fala inglês, preciso explicar: espaçonave e navio de guerra, na língua do Ken, são palavras que tem o final com som parecido, assim como três e seis pra gente, então, quando ele falou, eu admito que realmente ouvi "navio de guerra" (warship), mas dentro daquele contexto (Copacabana), pra mim só fazia sentido nave espacial (spaceship).
- Navio de guerra?!?
- É, ué. Vocês não têm navio de guerra aqui no Brasil?
- É, embora nós não tenhamos guerra, é beeeeem possível que tenhamos um navio de guerra ou alguns, mas o que um navio de guerra estaria fazendo em Copacabana?


E de repente, em meio a conjecturas do Ken (a segurança do Sarkozy?), eu senti uma coisa estranha subir na minha garganta, e a estranhura foi crescendo, crescendo até desabrochar numa retumbante gargalhada. O Ken não entendia a graça e até me mostrou as fotos do navio de guerra, mas quando eu consegui me controlar, expliquei que não tinha nada contra navios de guerra, mas que as 3 palavras juntas - navio, guerra e Copacabana - simplesmente não combinavam, estavam fora de contexto, e que, pelo menos pra mim, que conheço o Cervantes, a Prado Júnior e o Fausto Fawcett, continuava achando que fazia muito mais sentido a idéia de uma espaçonave do que de um navio de guerra em Copacabana.


Foi assim que só agora, burra véia de cabelo branco e tudo, que eu percebi uma coisa muito importante: a grande emoção do Natal é o contexto familiar. Tire a família desse contexto, e a idéia do Natal torna-se meio ridícula, meio enfeitada demais à toa, meio perua da Barra em terreirão do samba ou louraça paulista como madrinha de bateria da Mangueira: coisas cheias de significado, quando perdem o contexto, viram um navio de guerra esquisitão com canhões truculentos voltados para as bundas flácidas e pacíficas de Copacabana.

Só falei isso tudo pra dizer que faço votos sinceros de que, este ano, vocês passem o Natal junto de pessoas queridas, muito queridas, que se da família não forem, que sejam como família pra vocês. Desejo que essa sensação boa de que a gente tem tudo, porque quem tem amor tem tudo, dure por todo o ano, e que 2009 seja um ano de pleno de coisas boas para todos nós.

Feliz Natal, queridos.

terça-feira, dezembro 23, 2008

Feliz Rio de Janeiro!


Feliz Rio de Janeiro!
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Feliz posto 9


Feliz posto 9
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segunda-feira, dezembro 22, 2008

R-au-ck'n'roll

Quem chorar por último é mulher do padre!

terça-feira, dezembro 16, 2008

O dia em que eu chamei Papai Noel de colega.

Ontem a Rita veio me mostrar sua mais recente descoberta: seus primeiros fios de cabelo branco. Ela, que é uma pessoa empolgada com tudo, até com isso, ia me contando o quanto é incrível ter cabelos brancos, que uns fios ficam brancos só do meio pra baixo, que eles são mais grossos, mais duros, mais isso e mais aquilo, e eu, animada com a animação alheia, pedi, distraidamente, que ela olhasse em minha cabeça pra ver se encontrava algum fio branco. Na verdade, eu nunca dispensei um pretexto pra que fizessem um cafuné na cabeça, e pedir pra Rita procurar o que meu cabeleireiro procurou e não achou há 3 exatas semanas era apenas uma desculpa fraca pra ganhar um carinho capilar. Mas o que eu não podia imaginar, meus amigos, é que ela encontraria meu primeiro cabelo branco.

Inicialmente, eu fiquei incrédula. Olhei bem praquele fio branco estranho, bem barba de papai noel e bem encaracolado e perguntei se era meu mesmo, se não era dela (que também tem cabelo cacheado), e se ela não estaria, por acaso, de sacanagem com a minha cara. Foi minha fase de negação. Eu simplesmente não reconhecia aquele fio, ele tinha de ser da Rita, só podia ser da Rita, mas ela disse que não, que não brincaria com uma coisa dessas, e pôs-se a procurar por mais fios de cabelo branco no ponto onde ela havia encontrado unzinho porque, segundo ela, eles crescem em "ninhos", e onde há um, geralmente há mais.

Ao imaginar minha cabeça cheia de cabelos brancos felizes, fazendo ninhos e se multiplicando em PG, construindo puxadinhos e aumentando suas famílias em minha cabeça, de uma hora pra outra e assim, longe do espelho - antídoto nem sempre eficaz para os problemas de autoimagem -, eu entrei na fase tudo-em-um (e tudo-ao-mesmo-tempo-agora) de revolta, dor, desespero, choque e horror. Tive a nítida sensação de ter despencado dum abismo sem pára-quedas, e tudo em que conseguia pensar era que eu tinha saído de casa nova, sem cabelos brancos e que, de repente, no trabalho, E PROVAVELMENTE POR CAUSA DO TRABALHO (minha fase de encontrar o culpado, porque uma das mais importantes leis da física roga que toda grande merda tem de ter algum culpado), eu tinha ficado velha: cheia de ninhos de cabelos brancos, bem grisalha e anciã, 10 cm mais baixa por causa da osteoporose e completamente fragilizada pelo tempo. Obviamente, porque senão não seria eu, este auto-retrato triste, alterado no mais cruel dos photoshops afetivos, me fez levantar da cadeira, sentir uma aflição inominável em algum canto da alma, uma coceira nos olhos, um nó na garganta, até que, finalmente, eu abri a boca e entreguei-me a um choro solto, alto e soluçado, como o das crianças quando não conseguem explicar exatamente se estão chorando porque caíram e ralaram o joelho (embora não tenha sido nada!) ou se porque caíram e o mundo, cruel expectador de todos nossos passos em falso, parou para ver - e viu.

A Rita, acostumada que é a lidar com crianças ridículas de 4 anos (porque tem uma filha dessa idade), pôs-se a me consolar dizendo que não era bem assim, que "ninho" é modo de dizer, que ela só tinha encontrado mais outro [fio branco] e que se eu não parasse de chorar, aí sim é que ia nascer um monte deles na minha cabeça! Aí, pronto: diante de ameaça tão forte, parei de chorar. Foi minha fase de controlar os danos, ainda que haja controvérsias científicas sobre o fato de chorar trazer mais cabelos brancos ou não.

Há poucas semanas, a Carrie, a Estranha, escreveu um post sobre a descoberta de seus cabelos brancos. Eu fui lá e deixei um comentário todo poético, dizendo que os cabelos brancos chegam na hora exata em que nos damos conta de que temos estrada, já passamos por poucas e boas, não somos mais moleques e, por isso, merecemos respeito, mas é muito fácil pra um teórico falar do cabelo branco alheio, que cabelo branco na cabeça dos outros é refresco. Então depois de ler aquele texto e aqueles comentários todos de novo, depois de fazer biquinho pras pessoas mais próximas e reclamar (inutilmente) da impiedade do tempo, eu comecei a perceber que reagi muito mal aos primeiros fios de cabelo branco. Realmente, não posso dizer que os recebi com fogos de artifício, nem que achei o máximo, como a Rita, ver que eles são duros e grossos, ó, quase marrentos, ao contrário dos fios castanhos "normais". Confesso que achei uma merda, que preferia um mês sem televisão ou videogame a isto, mas como toda criatura infantil ridícula, porém apta e disposta a sobreviver, eu vasculhei minha alma em busca de uma vantagem para essa situação grisalhística e encontrei: agora eu posso chamar o Papai Noel de colega. Ele provavelmente não vai entender nada, claro, mas vai me fazer muito bem saber que eu chorei menos do que ele (e por isso minha cabeça não ficou tão branquinha).

Quanto à nova cor de meus cabelos, vou deixar a coisa ficar realmente estranha (e se ficar, porque algumas mulheres ficam muito bem grisalhas) para pensar em corrigir esse ato falho da natureza. Por enquanto, vou tentar me resignar com a idéia de que não sou mais moleque e que meus 4 parcos fios de cabelo branco são um belo indicativo de que já é tempo d'eu me gostar.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Pobre blog abandonado!

Outro dia alguém me falou que leu não sei o quê no blog de não sei quem e aí essa palavra "blog" ficou rolando na minha cabeça de lá pra cá, de cá pra lá, ia e voltava, e a cada vez que ia, eu sentia um desconforto tremendo, até que o desconforto foi ficando grande e tomando forma, ganhando corpo e cara, e a cara ia ganhando feições e olheiras muito familiares, até que não restou dúvida alguma: foi só alguém falar em blog que eu vi a cara inequívoca da culpa!

Minha culpa, claro, por ter abandonado o meu próprio quartinho verde de bagunça assim, sem ter dado nem uma desculpinha tola aqui ou ali.

Quando a culpa acompanha alguma desculpa, ainda que esfarrapada, dá até pra levá-la ao tribunal, convocar advogados, formular uma boa defesa engambeladora e tentar a sorte na balança da justiça afetiva. Mas quando a culpa vem sozinha, sem desculpa nem nada, pronto: é guilhotina na certa! Meu superego maldito está sempre afiando a lâmina pra tornar o processo de decapitação o menos doloroso possível, e está sempre vigilante pra ver se eu não tentarei burlar o sistema arrumando uma desculpinha de última hora. Sim, porque os sobreviventes sempre têm uma tirada de último instante.

Eu ainda não tenho uma boa desculpa pra ter abandonado meu blog, apenas um esboço, que diz mais ou menos assim:

"Prezado superego, prezados leitores: tenho andado muito ocupada. Minha cabeça está em toda a parte e em lugar nenhum. Talvez eu tenha assumido mais compromissos do que seria humanamente possível, mas talvez eu não seja humana. Talvez meus colegas alienígenas voltem pra me buscar naquele disco voador, mas se eles não voltarem, f o d e u, porque o dia só tem 24 horas e, especialmente no final de cada ano, eu precisaria de pelo menos 38 horas diárias para atender compromissos, prazos e demandas afetivas de toda sorte. É tanta drenagem, que eu estou cansada, careca e acabada. Por favor, entendam: eu amo vocês, mas até pra amar estou limitada desde que meu músculo estriado cardíaco começou a se autolisar por motivo de estresse maior."

Como eu disse, isso é apenas um esboço, mas quando o crime é Culpa, a única estratégia de defesa viável é essa: reverter acusador em algoz pra que ele se sinta culpado de ter gerado tanta culpa. Parece complicado, mas não é. Funciona quase sempre. Palavra-mulherzinha de quem entende tudo sobre culpa, desculpa e todo o drama que sempre existe em volta.

E por falar em volta, eu volto: sem culpas e sem desculpas. Isso se, é claro, eu não for abduzida por um disco voador. Mais fácil tomar bala perdida -- aliás, um evento arquetípico de novela da Globo, e quem toma bala perdida em novela quase sempre volta, se não como espectro, como sobrevivente do SUS.

A propósito: eu só citei a hipótese de bala perdida pra catalizar o mecanismo da reversão de culpa em desculpa-culpa. Meus advogados não dormem no ponto. ;-)

domingo, dezembro 07, 2008

Cores


Cores
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Amarelo solar e laranja too late.

Feliz última corrida do ano


Feliz última corrida do ano
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sexta-feira, dezembro 05, 2008

Claro Cine no JCB


Claro Cine no JCB
Originally uploaded by Van-Or
Muito bom esse telão, pena que acaba domingo.