Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

domingo, fevereiro 24, 2008

Vida dura, esta.


Vida dura, esta.
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Tempo mais ou menos, todo o resto copo meio cheio.

Mascotes

Minha chefe-Rita, a pessoa mais equilibrada, ecológica-e-politicamente correta que eu conheço, contou-me que viu, com sua filha de 4 anos, uma fila quilométrica de Flamenguistas aguardando a vez para comprar o ingresso da vitória de hoje contra o botafogo. Como a Rita é ótima, mas não é perfeita, e por isso é vascaína (eu até respeito, mas com letras minúsculas), teve o desplante de me contar o que comentou com sua pequena Loló quando viu a Nação Rubro Negra se avolumando às portas do Jockey Club:

- Ih, tá cheio de urubu fedido aqui hoje!

Nem preciso dizer que fiquei extremamente revoltada e meu efervescente sangue passou logo a correr no sentido contrário pelas veias, de tanto choque e horror: Como assim, urubu? E como assim, fedido? Então minha ídala do politicamente correto está plantando em sua filha a maligna semente do preconceito olfatório? Haveria naquele preconceito olfatório alguma evidência indefensável de injúria racial? Estaria ela, por ser caucasiana e vascaína, insinuando que meu Timão é um time de afrodescendentes com desodorante vencido?!? Minha fé na Humanidade ruiu naquele exato instante, mas a Rita tentou contornar:

- Ah, Van, nada a ver. Foi só uma alusão ao mascote que o SEU time escolheu, que, diga-se de passagem, não é um passarinho lá muito fofo ou cheiroso.
- E o mascote do seu time, heim, heim? O bacalhau, pelo que me consta, também não é o peixe mais cheiroso que existe. Inclusive é usado para se referir a partes bacalhoentas da mulher que não se cuida.
- Sim, mas pelo que me consta, não existe nenhum peixe perfumado.
- E nem urubu!

Estava óbvio que aquela discussão teria de se encerrar sozinha. Se continuássemos, provavelmente partiríamos pros cabelos uma da outra e entraríamos em méritos ginecológicos nada a ver. Então ficamos as duas caladas por alguns instantes, furiosas com as insinuações lançadas de lá e cá, pensando com nossos botões por que diabos o cão, o melhor mascote do mundo por sua semper fidelidade, tinha de ser logo o símbolo do botafogo, aquele timeco que nunca será o nosso.

Eu não sou cachorro, não.

Tipo assim: infelizmente.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Carência afetiva, quem é que não tem?

Ontem cheguei em casa e encontrei a Lala de barriga pra cima no colo da minha mãe, no sofá. Ela, o ser humano, explicou que Lala, a cã, estava com o olhar perdido, entre choroso e triste, talvez por saudades do dono. Meu pai, aparentemente, também se apiedou e andou secretamente distribuindo pra minha hóspede pedaços de cream cracker e carne de churrasco, porque, pro meu velho e ranzinza pai, todas as mazelas da alma são passíveis de cura pelo estômago. No entanto, nenhuma das coisas exóticas que ele andou dando pra Lala, sobretudo se somadas aos 2 pães franceses que ela roubou há 2 dias, cairam super bem no trato-digestivo-raça-pura da menina. De repente, não mais que de repente, vejo-me na esdrúxula situação de ter, aos 35 anos de idade, que colocar meus pais de castigo por péssimo comportamento.

Mas eu entendo que a carência afetiva é o melhor combustível pras merdas que a gente faz.


***


Há pouco, procurei pela Lala aqui em casa e a encontrei na cama, com meus pais. Na cama dos meus pais, nem preciso dizer. Da porta, ouvi a seguinte conversa:
- Ela não é charmosa, é charmuda, diz meu pai.
- Acho que é esse corte de cabelo. Lembra quando eu usei o cabelo assim, como o dela? Década de 80, eu acho.
- É, mas esse corte cai melhor num poodle. Pensando bem, vocês até se parecem.

Ó, modeuso. O mundo está perdido.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Lala, nome-fofo paroxítono

Se não for pra descobrir a cura do câncer ou combater a mortalidade infantil, acho que a vida da gente deveria servir ao menos para exterminar de dois a cinco preconceitos por geração.

Confesso, contrariada, que até um mês atrás, eu nutria uma incômoda aversão por cãezinhos fofos de raça pura, sobretudo os de bolso. Admito que este talvez seja um ranço de anos de militância política em prol dos fracos e oprimidos. Ainda há muita gente que crê que só os animais com pedigree são capazes de amar e aprender, e meu belicismo inato já não tem mais paciência pra ensinar o óbvio a quem não se esforça para superar a complexidade mental de uma ameba.

O fato é que eu tinha lá atrás, no fundo do armário, um conceito muito ruim guardado de todas as pessoas que, a exemplo de Paris Hilton, compram cães para combiná-los com roupas e jóias. Meu nojo a essa gentalha era tão forte, que eu chegava a esquecer que por trás daquele criatura de aspecto quase humano havia um cão de pêlo, carne e osso que, embora humilhado por tosas exóticas e tinturas azuis ou rosa, nada tinha a ver com aquela palhaçada. E assim, passei cerca de 30 anos sem tomar conhecimento da existência de poodles e quetais. Cheguei mesmo a debochar de uma de minhas amigas mais brilhantes porque ela, a despeito da expectativa preconceituosa que tenho das pessoas geniais, comprou um Shi Tzu. Agora cá estou, em estado de graça pós-pugterapia e poodle-terapia, pensando que talvez exista sentido na seleção genética de raças e, mesmo que não haja muita explicação para o desenvolvimento de uma raça sem nariz e sem pescoço, como é o pug, o que quer que tenha faltado no projeto genético de um cão fofo vem em dobro em uma outra fofura qualquer.

Não estou fazendo apologia da raça pura, quero deixar bem claro, mas agora eu já penso que tudo bem um bicho ter raça pura. Ele não precisa ser bobo e Paris Hilton por isso. Tomemos a Lala como exemplo: quando eu acho que ela já fez todas as coisas fofas possíveis, como roubar 3 pães franceses do alto da mesa, comer um e enterrar dois na cama dos meus pais, para garantir seu futuro, ela vem e me surpreende!




Ela segura o ossinho entre os dedos meticulamente cutilados por seus dentes branquíssimos.

Ela assiste televisão com seu cachorrinho de pelúcia na boca. E quando o filme está chato, ela dorme, sem soltá-lo, e vira a barriga para pedir cafuné.
Ela se cobre com seu edredonzinho e dorme abraçada com um hambúrguer de pelúcia, mas se está quente demais, ela chuta o edredon pra fora da cama; se está frio, ela pula pra minha. E se eu acordo de madrugada e não a encontro no quarto, é porque ela foi se deitar no boxe, onde tem o azulejo mais fresco da casa.


***


Tudo isto posto, sinto-me um ser humano melhor agora que o Dali e a Lala me fizeram perder o preconceito que mais me incomodava como veterinária, o fresco-racial. Espero que meus hóspedes me escrevam de vez em quando, porque a pior desgraça da peludoterapia hoteleira de aluguel é o buraco que fica no nosso travesseiro quando eles voltam pra casa.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

A vida vence a morte...


A vida vence a morte...
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... quando se reproduz.

domingo, fevereiro 17, 2008

Parentesco e criminalidade.

Com as obras de reforma do canil do IJV, em curso desde dezembro passado, eu estou tendo a oportunidade de ter acesso a coisas estranhas que eu, talvez por ingenuidade, talvez por pura preguiça, jamais tive na vida. Uma delas é a trabalheira que dá fazer uma obra: nada é o que parece numa obra. O que aparentemente é só um muro bolorento por causa de telhas mal posicionadas revela-se um vazamento subterrâneo deveras sinistrinho oriundo de uma tubulação de ferro centenária que se esconde junto a esqueletos de dinossauros e tesouros de piratas. Há mais entre um projeto e uma obra finalizada do que supõe nossa vã filosofia, por isso eu tenho minhas reservas antes de fuzilar os responsáveis por obras que nunca acabam, como a da Cidade da Música, porque, de maneira bastante estranha, pode até ser que eles estejam agindo de boa fé. Vai que lá também haja um cano de ferro centenário cujos vazamentos hexagenários abastecem todo o lençol freático da cidade. Até que o MP desça o martelo e prenda alguém, e desde que os juízes, policiais e parlamentares não estejam todos mancomundados em torno de cartões corporativos, no Brasil, nunca se sabe. Mesmo correndo o risco de parecer antipática, somos todos ladrões em princípio. A arma usada pela maioria é justamente a passividade.

O IJV, meu trabalho, é vizinho de muro com a favela da Mangueira. Na verdade, os nossos muros de quase 90 anos são usados por nossos vizinhos, às vezes, para compôr um quartinho aqui, uma sala acolá ou um puxadinho no quintal. Até aí, tudo bem: não vamos brigar por causa de um cadinho de tijolo e cimento que pode perfeitamente ser compartilhado, já que a gente só usa o lado de cá e eles o de lá. Seria tudo lindo se fosse só isso, mas a vizinhança também usa nossa água e energia. Quando o pessoal da obra tentou entender de onde vinha o vazamento, descobriram dezenas de ramificações de nossas tubulações aéreas para o lado de lá. Eu olhava aquelas evidências fantásticas de furto e imaginava: como foi que eles conseguiram fazer isso sem ninguém perceber? Imaginava quanta água não devia ter sido derramada, quantos cães não teriam sido afogados para que alguém sem acesso ao registro de nossa cisterna conseguisse enfiar um joelho de nossos canos pro além-muro. Até que um funcionário antigo me elucidou: "Ô, dôtora, o pessoal não precisa ter esse trabalho todo, não. É só dar um troco pra firma da obra, que eles mesmos colocam os gatos." Meu deus, eu disse: "Então um colega meu de prefeitura enfiou uns trocados no bolso há 16 anos para que nossos bolsos fossem sangrados em 3 vezes esse valor todos os meses por todo esse tempo?!? E enquanto isso, quantas vezes não tivemos de cancelar cirurgias porque ficamos sem material? Isto é horrível!" Nem preciso dizer que todos me olharam com a compaixão típica que se sente por pessoas inaptas à vida de uma forma ou de outra. Na verdade, todo mundo acha um absurdo, mas parece haver um concenso nacional sobre a nossa impotência diante do absurdo. De certa forma, todos nós achamos que fechar o bico e não se envolver é a única atitude sensata a se adotar.

O sobrinho de uma conhecida, funcionário da Light, foi enviado a um bairro humilde com a tarefa de subir num poste e cortar uns gatos que de lá saíam. Estava o gajo lá no alto, com a dignidade exposta, quando surge um grupinho de pessoas humildes lá de baixo, que lhe perguntam: "O que você está fazendo?". "Cortando umas ligações clandestinas", ele semi-responde com o coração na garganta. Os amigos dos amigos sugeriram que se ele cortasse alguma coisa ali, ele também seria cortado. Se os funcionários da Light pudessem voltar pra casa de helicóptero, ele teria pedido o resgate naquele instante, mas achou melhor ficar ali por mais duas horas, no alto, apavorado, para que seus prezados amigos pudessem constatar que nada havia sido cortado, exatamente como tinham acordado de forma tão amistosa.

Voltando ao meu trabalho, para resolver esse tipo de impasse, temos um funcionário que mora na comunidade há décadas e é, digamos assim, uma espécie de Itamaraty no IJV: ele faz a ponte entre nós e a favela, é ele quem possibilita que o tênue limite do muro não seja profanado por um dia de fúria e mal entendidos, como esse do corte de gatos. Ai de nós querer cortar a água gratuita da vizinhança! Nós também não voltamos pra casa de helicóptero e nossos ônibus coletivos não são blindados. Minha inaptidão à vida me faz achar que não custa nada tentar explicar pra galera do além muro que roubar água não tem nada a ver, que a gente precisa dessa grana pra salvar vidas, mas o embaixador comunitário me pede, mão sobre meu ombro, que eu tenha cuidado com as palavras que uso.

Tenho tanto cuidado, que outro dia fiquei chocada quando um vizinho do lado de lá chamou minha chefe ali, perto de sua janela com vista pro nosso canil: "Aí, tia, como é que eu tiro essa grade aí de vocês pra poder subir meu muro?" Ele estava se referindo ao nosso muro: ele queria tirar a grade sobre nosso muro para subir o "seu" um pouco mais. Minha chefe, que é pelo menos 10 anos mais jovem que aquele senhor, foi gentil e sugeriu que ele consultasse a administração do instituto. Quando nos afastamos, eu perguntei: "Impressão minha ou esse marmanjão barbado te chamou de tia?" Ela me explicou que "tia" é gíria de favela. Meu deus, eu pensei, pessoas adultas chamando outras pessoas adultas de "tia"... isto é horrível! Pior que isso, imagino, é saber que independentemente de sermos tias ou tios, mães ou pais, irmãos ou irmãs de quem quer que seja, somos todos responsáveis pelos roubos cometidos por políticos, servidores públicos, reitores e vizinhos. Enquanto não desativarmos o Itamaraty que existe em nós para mostrar nossas armas, enquanto não tomarmos partido, as notícias de roubos cometidos contra o erário nunca deixarão de parecer um rol de anúnicos sem qualquer importância exibidos num classificados de horrores.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Semper Fidelis Pet Hotel

Depois deste post, espero que vocês me perdoem pela ausência nos últimos dias. Tenho trabalhado feito cão, literalmente.

***


Há cerca de quarenta dias, eu transformei a casa de meus pais em um hotel canino pré, trans e pós carnavalesco. Para uma canceriana carente e dura como eu, o empreendimento apresentava a dupla vantagem da peludoterapia intensiva em domicílio, sem os característicos 12 ou 17 anos de comprometimento logístico, e dos trocados que isso geraria. Obviamente, contudo, porque rapadura é doce má né mole não, meu micro pequeno e embrionário negócio teve seus percalços. O primeiro deles foi passar o carnaval mais light e chocho de toda a minha vida: eu tinha hora pra acordar (sempre cedo) e pra chegar em casa, porque todo peludo precisa e merece uma rotina inabalável, chova ou faça carnaval, muitos passeios por dia e comida na hora certa.

O Pug era a coisa mais fofa do mundo, sendo seu único defeito a falta de um nariz funcional que o fizesse perceber que ele não era exatamente a coisa mais cheirosa do mundo. Ou talvez o problema fosse do meu pai, cujo nariz perfeitamente funcional e implicante me perguntava vinte vezes por dia se não estava na hora de dar um banho no pitoco, coisa que só acontecia de 15 em 15 dias porque eu sou veterinária e defensora feroz do direito dos animais ao seu próprio cheiro de animal. Tratei logo de definir as roupas que eu usaria para me enroscar no Pug e, após o uso, as embalava em um saco plástico rotulado como “material nuclear contaminante”, junto com a roupa suja do resto da galera. Assim, na hora de lavar roupa, ficava fácil distinguir as peças que passariam pelo ciclo de roupa violentamente suja e possivelmente perdida para sempre (as minhas) das demais. Depois, dei um antibiótico para combater o bafus gravis, uma anomalia que mais cedo ou mais tarde acomete 11 em cada 10 prognatas que não cuidam dos dentes diariamente, removi o tártaro e passei a escovar os dentes do pitoco dia sim, dia não. O hálito fresco, no entanto, só durava cinco minutos. Uma pena, porque era público e notório que ele detestava (um pouco) escovar os dentes, e pelo sacrifício que era, os resultados deveriam ser mais prolongados.

Com o passar do tempo, percebi que a falta de um nariz funcional fazia com que o pequenino tivesse de esfregar a cara no xixi dos outros cães para entender de quem era aquilo. Vocês podem ficar horrorizados com o que vou dizer, mas além de esfregar a lateral de seu corpinho mignon nessa coisa imunda que é um muro todo mijado (quando levantava a patinha pra mostrar sua identidade canina), muitas vezes ele lambia o xixi dos outros cães. Eu tentava me lembrar de só beijá-lo depois da escovação de dentes. Na prática, porém, era mais fácil eu tomar um banho após cada interação com o Pug. Foram dias de muitos banhos por dia, dias felizes pois.

Apesar de meus esforços heróicos para manter o Pug limpo e escovado, e o chão aspirado e limpo, o nariz de meu pai permanecia irritantemente rigoroso e funcional. Foi aí que eu comecei a apelar para o perfex-com-água-e-2-gotas-de-vinagre, que deixa o pêlo brilhante, neutraliza odores e não solta as tiras. Puro placebo, claro, mas com isso eu curei o olfato patológico do meu pai. Dizem que depois de um tempo, até os mais chatinhos se acostumam com cheiros que originalmente não tolerariam. Viva a liberdade de expressão dos animais!

Esta semana, aconteceu um pequeno overlap de hóspedes: o Pug deveria ter feito seu check-out num dia, a Poodle deveria ter feito seu check-in em outro... aí, por ociosidade de vagas, o Dalizinho foi ficando... Até que houve um momento em que os dois se encontraram no mesmo apartamento! Não posso dizer que foi um caso de amor à primeira vista, porque ele é um senhor sério, ela é uma mocinha espevitada; ele ficou muito assustado com a energia dela, ela com a sisudez dele; eles tentaram algumas posições para testar a hierarquia, e ela acabou mostrando lindos dentinhos brancos pra ele. Tive de fazer um malabarismo e tal para manter o Pug a salvo da tirania tipicamente feminina, mas o que mais me marcou na chegada da Poodle foi o enxoval que chegou à minha casa com ela: em uma mala vermelha de 20kg com rodinhas, dessas que fazem a gente querer viajar só pra ter uma mala nova, havia uma cama com edredon felpudo, brinquedos cheirosos de pelúcia, ração light (porque, como toda mulherzinha que se preze, a Lala também está de olho no peso) e – coisa mais linda, ah se todos os donos fossem assim! – uma pasta com todos os seus documentos e certificados de vacinação.
Eu me apaixonei imediatamente pela Lala, e em quinze minutos descobri que ela pode ser facilmente encontrada em sofás, camas e todos os lugares mais humanos que caninos. Faz sentido: eu me sinto muito mais cachorro do que ela. Espero não embaraçá-la por me comportar de forma tão primitiva. Tenho a impressão de que uma poodle gente boa e bem tratada assim pode facilmente dar palestrar sobre como ser uma lady, especialmente for dummies. Eu me inscreveria, claro. Tenho muito a aprender com ela, sobretudo em relação ao cabelo, que o dela é cacheado, macio e discretamente vermelho, como eu gostaria que o meu fosse.

Minha mãe tira uma casquinha da Lala no sofá, meu pai rosna e a cutuca com o pé pra ver se também tem direito a um cafuné (ou se minha mãe está dando todo seu afeto para a poodle); ela diz que quer abrir um hotel de cães comigo; ele diz que tudo bem, desde que não seja mais lá em casa, porque tem saudade do tempo em que o sofá era só dele. Eles ficam falando essas coisas e eu deixo meu pensamento flutuar pela esperança de perderemos juntas, eu e Lala, o peso excessivo, porque esta, sim, encara caminhadas vigorosas de duas horas ao contrário do Pug sem o nariz funcional, o que tanto lhe prejudica o desempenho esportivo. Agora eu já sonho em treinar um cão pra correr a meia maratona comigo.

Talvez eu seja DDA. Ou talvez eu deva trocar de cabeleireiro, ou comprar uma mala nova. No mundo ideal, eu seria a Lala.
***
Dedico este post à leitora Cristina Mattos, que sabe muito bem que não se pode negar cama a um cão carente.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

É hoje!



segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Palaphitamente


Palaphitamente
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domingo, fevereiro 03, 2008

O bom carnaval de rua


O bom carnaval de rua
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Todo mundo fantasiado, lindo!

Cordão do Boitatá


Cordão do Boitatá
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Nem a chuva estragou!

sábado, fevereiro 02, 2008

Iêmanjá


Iêmanjá
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Obrigada, Mãe.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Carnaval in Rio 2008

Este ano, pra não perder nenhum bloco por falta de lembrança, imprimi a listinha com meu rigoroso programa de folia carnavalesca. Mantive a coloração indicativa da minha amiga Maria Clara Guim, foliã de bom gosto, que marcou com verde o que ela conhece e curte e com azul o que ela não conhece, mas a galera curte. Quem sabe a gente não se encontra pulando por aí? Eis a lista:

Sábado:
Céu na Terra (é pra ir fantasiado!)
Concentração: Largo do Curvelo
Bairro: Santa Teresa
Horário: 9 hs

Bloco do Barbas
Bairro: Botafogo
Concentração: Esquinas da Rua Assis Bueno com Rua Arnaldo Quintela (14 hs)
Saída: 16 hs

Empolga às 9
Percurso: Rua Henrique Novaes (Casa da Matriz), seguindo pela Visconde de Caravelas até o Bar Plebeu (onde a gente bebe)
Bairro: Botafogo
Horário: 17 hs

PS: no mundo ideal, daria pra ir no Carioca da Gema, às 15h, e no Laranjada, às 17h, mas eu não posso estar em dois lugares ao mesmo tempo. De mais a mais, pra quem sai de Botafogo mesmo, minha logística está sinistra!

Domingo:
Cordão do Boitatá
Percurso: Rua do Mercado à Praça Quinze de Novembro
Bairro: Centro
Saída às 9h

Maracangalha
Concentração: Cobal Humaitá - Voluntários
Bairro: Humaitá
Saída às 16 hs

Segunda:
Cordão Umbilical (a versão baby do Cordão do Boitatá, que passa na frente de um hospital fazendo o mais absoluto silêncio, lindo!)
Percurso: Pacheco Leão
Bairro: Humaitá
Saída às 12h

Bloco de Segunda-feira
Bairro: Humaitá
Concentração: Cobal do Humaitá
Saída: 14h

Terça:
A Rocha
Percurso: Praça Santos Dumont até a Rua Padre Leonel Franca
Bairro: Jardim Botânico
Horário: das 11 às 15h

Último Gole (roda de samba semi-organizada pela minha chefe gente boa, a Rita. Dá pra levar crianças porque não tem tumulto nem estresse.)
Percurso: Entorno da Praça Pio XI
Bairro: Jardim Botânico
Horário: das 15h até!

Vagalume-o Verde
Percurso: Rua Pacheco Leão até a Rua Von Martius - J. Botânico
Bairro: Jardim Botânico
Horário: das 16 às 22h

Quarta de cinzas:
Me beija que eu sou cineasta
Concentração: Baixo Gávea
Bairro: Gávea
Horário: 11 hs

Sábado, 9:
Mulheres de Chico
Concentração: Praça Antero de Quental
Bairro: Leblon
Horário: 16 hs

Domingo, 10:
Monobloco
Concentração: Sofitel
Bairro: Copacabana, posto 6
Horário: 9 hs