Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Por qué no te callas?

Como bloquear geral.

Eu odeio as propagandas que pipocam neste e em outros blogs toda vez que a gente abre a página ou uma caixa de comentário. Confesso que vendi minha alma ao AdSenso de Ridículo em troca de 100 dólares a cada 3 anos, mas confesso que acredito sinceramente que vou morrer de bala perdida antes de pôr a mão nessas verdinhas, então foda-se. Vou dar pra todos vocês a vacina que eu estou usando contra pop-ups e outras janelinhas quase impossíveis de impedir:

1. Stopzilla
2. ABP Adblocker, considerado o melhor bloqueador de lixo comercial para Vista X Firefox.

O primeiro é pago, o segundo é grátis. O Ken acha que dá pra usar só o ABP, mas eu uso tudo e mais outras coisas que tenho até vergonha de confessar. Num computador em que fica tudo bloqueado, além das perdas lamentáveis, como a do contador de visitas, o usuário tem de ter alguma paciência pra entender se a página não está abrindo porque um detector de lixo bloqueou algo que precisa ser aberto antes da página ser iniciada ou se o velox, virtua ou etc está em plena TPM. Mas se a gente consegue se adaptar à corrupção, à violência e tantas outras coisas ruins que fazem parte do nosso dia-a-dia, isso realmente não há de ser nada.

Se o blogger me oferece um serviço gratuito, tem de ser gratuito até o fim. Essa estória de enfiar mercados livres e propagandas de ring tones pela goela abaixo do meu quartinho sem me pedir licença é que não pode!

Em tempo: eu até não tinha nada contra, mas hoje em dia eu odeio o Mercado Livre com todas as minhas forças.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Musicats também cãoção gente.

Eu sou mais eu, mais gata, numa louca serenata que de noite sai cantando assim: beija eu, 'dota eu, deixa que eu seja seu. Liga pra mim (22391063, Pet Fantasy). Não, não liga pra ele! Pra ele!... Não chore por ele!...

Pequeno update doméstico: enquanto não descola um bípede responsável & escravinho abnegado, este bebê gato ajuda como pode na contabilidade de uma pet shop do Leblon, imprimindo relatórios mensais de hora em hora (é que ele acabou de aprender a brincar com o mouse -- pobre menino de rua, mal desmamou e já está viciado em mouse com catnip). Tem um irmãozinho branco e rajado de temperamento pouca coisa mais reservado, e que também está à espera de um humano de mão flácida, do tipo que deixa cair comida dentro da boca do gato sempre que ouve um miado mais incisivo.

Detalhes dessa cãoção


Delalhes dessa cãoção
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Não adianta nem tentar me esquecer. Durante muito tempo em sua vida eu vou viver. (...) Se outro cabeludo aparecer na sua rua, e isso lhe trouxer saudades minhas, a culpa é sua.

Pequeno update doméstico: Este pitbull (ou eu deveria dizer "esta vítima da lei do pitbull"?) foi abandonado por seu dono infiel e acabou indo parar no canil de observação de Raiva do IJV. Observamos, desde que chegou, que trata-se de um macho extremamente jovem e extremamente saudável, com um olho azul e outro castanho, branco com uma única mancha preta e perfeitamente redonda no corpo, coxins cor-de-rosa e hálito ideal para beijos de língua prolongados depois de um dia estressante. Seu único defeito, como bem observamos, é que ele gosta de mastigar o lápis dos outros. O defeito do Minc, por outro lado, é mastigar e cuspir sobre a qualidade de vida dos outros animais. Em tempo: ele (e não o Minc, que eu teria posto pra dormir há tempos) está disponível pra adoção: ijv@rio.rj.gov.br

Essa cãoção


Essa cãoção
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Esperando, esperando, esperando o trem. Esperando o aumento para o mês que vem.

terça-feira, novembro 27, 2007

A parede da Monica L


A parede da Monica L
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Acho que estou reconhecendo essas fotos...

segunda-feira, novembro 26, 2007

Monumento na Praia Vermelha


Monumento na Praia Vermelha
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Achei muito suspeita a pose desse coronel. Deve ser algum problema com a espada, com todo o respeito.

A vaca que sonha


A vaca que sonha
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Treino de 7km com uma descoberta esplendorosa: o sol nasce na praia do diabo. É lá que eu quero morar!

domingo, novembro 25, 2007

Brunch no Café du Lage


Brunch no Café du Lage
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Um bom livro e esta vista tornam a longa espera menos sofrida.

sábado, novembro 24, 2007

Nos meus braços.

Anny


Adeus, amiga querida. Mande muitas lambidas e um sem número de cafunés pra Penélope (aquela gatinha persa que te dava pseudociese e que o Adler acidentalmente mastigou), Ozzy Maria, Vitinho, Nana e Polaco. Ah, e sim, mande meu carinho pro Adler. Diga a ele que eu sei que aquele episódio com a Penélope foi um acidente. Nós já tínhamos tido um particular sobre esse assunto delicado, mas sempre é bom reforçar que meu amor por ele -- e todos vocês -- foi e será sempre maior do que tudo.

Noites cariocas


Noites cariocas
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Verão do morro. Se fosse a metade do preço, com esse visual, meu amigo, daria certo. Lamentavelmente, está um fracasso.


UPDATE IMPORTANTE: Mas já que eu estava lá e não era assim, um velório, eu me diverti à vera.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Ozzy Maria

Eu não sei explicar porque os animais me emocionam tanto. Talvez sejam os olhos, que falam mais que mil palavras; talvez seja pela confiança que eles depositam na gente, tanto pro bem quanto pro mal -- os animais, infelizmente, estão à nossa mercê, e muita gente abusa desse poder pra praticar todo tipo de crueldade. Eu não tenho mais verbo pra falar de crueldade, e nem é disso que quero falar, e sim da Ozzy Maria, a cadela que mudou minha vida pra sempre e me ensinou que amar bicho é uma coisa, e ser veterinário é outra bem diferente.

Ozzy era a pitbull do filho da ex-esposa de um ex-cliente que tinha recém se separado. Na separação de bens afetivos e materiais, ele ganhou a cadela. Há divórcios que vêm para o bem, e esse gerou um lucro e tanto: a Ozzy era o touro Ferdinando sob a pele de um cão: contemplava flores, tinha amigos peludos que caberiam em sua boca, mas ficava com o peite cheio de leite só de encontrá-los na praça da esquina. Seu olhar era doce e lânguido, e como quase todo pitbull, era um animal extremamente robusto e saudável até apresentar insuficiência renal aguda de causa desconhecida, apesar dos parcos 4 anos de idade. Uma dessas pernadas que o destino prega na gente. Eu, que era veterinária de pele e vacina da Ozzy, passei a importunar meus colegas nefrologistas veterinários que tinham acabado de abrir uma clínica de hemodiálise em Botafogo. Ligava tanto pra eles que, até hoje, apesar de a Karine (esposa do Márcio, nefrologista da Ozzy) ser cardiologista do meu Povo Brasileiro, quando eu ligo pra marcar consulta pro meu galgo, ela só associa o nome à pessoa quando eu digo que sou a Vanessa da Ozzy. E lá se vão cinco anos dessa história triste!

Uma vez constatado que a cadela piorava no desalento de uma clínica 24h, onde ela fazia terapia intensiva, mudei toda a minha rotina pra poder ir à sua casa 3 vezes por dia pra lhe fazer fluidoterapia endovenosa e outras coisas que um proprietário desmaia só de pensar. Eu era incansável, vivia às turras com meu namorado, que não aceitava que eu saísse da cama às duas da manhã pra atender um cachorro, e acreditava que conseguiria mantê-la viva até que algum cirurgião veterinário realmente raçudo se dispusesse a tentar fazer nela um transplante renal.

A verdade, infelizmente, é que ninguém dominava a técnica, nem havia o banco de órgãos de caninos no Brasil. Se pra seres humanos já é flórida conseguir um rim, imagina pra um cachorro! Mas eu estava cega, e toda vez que a Ozzy me lambia, eu me agarrava com unhas e dentes à esperança de que um milagre aconteceria e que, se de repente eu doasse um dos meus rins pra ela, e se seus anticorpos caninos se distraíssem e achassem tudo bacana, então viveríamos todos felizes para sempre.

Houve um momento, confesso, em que esqueci que por trás da Ozzy havia um dono, e que ele era uma pessoa com limitações físicas, emocionais e financeiras como todo mundo. Também confesso que, desde a segunda semana de tratamento, parei de cobrar pelas visitas. Disse que acertaria tudo no final, e o final infelizmente veio cedo demais. O dono estava exausto, tinha semanas que não dormia com medo d'o soro parar de pingar, e a própria Ozzy havia extrapolado sua capacidade física de fazer hemodiálises. O nefro e a cardio sofriam comigo e pela cadela, e quando tocamos pela primeira vez na palavra eutanásia foi um chororô geral. A Ozzy foi o cachorro mais apaixonante que eu conheci, mesmo em seus últimos estertores.

Em sua última noite, quando o dono já estava resignado com a idéia da eutanásia, pedi pra ele deixar a Ozzy dormir em minha casa. Eu sei que não se deve dormir com um paciente, mas eu precisava ter um particular com ela. A boa morte estava agendada para a manhã seguinte, e seria feita não por mim, que me sentia inábil e dolorosamente impotente diante dessa perda, mas por um querido amigo anestesista, o Rodrigo Mannarino. Antes de lhe dar o remedinho pro controle da dor e da angústia dos últimos instantes, enrolei-a em seus cobertores, ajeitei-a confortavelmente em seu puff de couro (tudo veio da casa dela), e pedi-lhe mil desculpas pelas limitações da veterinária, essa ciência ainda tão medieval em algumas áreas, e prometi que tudo iria acabar logo, e em breve ela poderia voltar a brincar com peludinhos que caberiam em sua bocarra nos jardins com as gramas mais tenras e os cheiros mais instigantes pra cachorros. Dormi -- ou pelo menos tentei -- em um colchonete no chão, ao seu lado, e ali fiquei até o Rodrigo fazer tudo que precisava ser feito em um respeitoso silêncio, só quebrado vez por outra por uns soluços que eu deixava escapar. Fim.

Semanas depois, o dono da Ozzy me procurou pra saber quanto ele me devia pelas últimas 4 semanas de terapia intensiva em domicílio. Falei, sinceramente, que não saberia cobrar por isso. Ele me pagou, claro, mas um valor saiu da cabeça dele e que eu, em absoluto, não contestei. Eu jamais saberia cobrar porque aquelas quatro semanas me valeram cinco anos de estudo universitário, sete de estágios, clínica e pós-graduação, sem contar com os quase 15 anos de análise e a doença da qual eu nunca vou me curar: a impotência (ou seria onipotência?) e a culpa. Enfim, aquelas 4 semanas me custaram o fim de uma ilusão: gostar de bicho não significa poder tratar de bicho; a gente perde o senso crítico quando se envolve a esse ponto, e existe um limite muito tênue entre o interesse sincero e o desprezo pelo outro. Eu sempre peco pelo excesso de afeto -- cheguei a achar que minha saúde era perfeita por isso, mas é justamente o contrário -- e esse tipo de entrega, pra qualquer terapeuta e respectivos pacientes, não é bom.

Depois da Ozzy, liguei pra todos os meus clientes (os humanos, digo) para dizer que tinha parado de clinicar, e eu só voltei a exercer a veterinária quando entrei pra prefeitura, em 2004. Essa cadelinha me me chamou a atenção pro fato de que eu nunca considerei cliente o portador do cheque ou da conta bancária, mas sim aquele que late, lambe e às vezes até tenta morder, mas não o faz por mal. Nenhum veterinário consegue sobreviver sem ter a real noção de quem paga as contas. O emprego público, apesar de todos seus filtros e limitações, me permitiu exercer novamente um ofício sério pro qual, por tão incondicionalmente amoroso, é tão difícil de fixar um valor.
***

Se tivessem como movimentar dinheiro, os bichos jamais iriam a um veterinário. Muito sensato da parte deles, aliás. No lugar deles, eu usaria meus vinténs pra manter uma boa vida de cão, com direito a um escravinho humano desses bem abnegados, do tipo de mão flácida, que vive deixando cair comida da mesa, e só viaja se o hotel tiver suíte presidencial para peludos. Com ar condicionado, por favor!

terça-feira, novembro 20, 2007

Treino de 12 km


Treino de 12 km
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Contemplando o descanso da guerreira.

domingo, novembro 18, 2007

Quando o tio Sam...


Quando o tio Sam...
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A melhor indicação de direção na Mangueira hoje.

sábado, novembro 17, 2007

E o verão começa!


E o verão começa!
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Ken no Palaphita.

Primeira noite de um americano no Rio




Atif

quinta-feira, novembro 15, 2007

Radija pede desculpas.


Miguel Pereira, 10/novembro/2007.

Meu amigo Pedro Augusto,
AUAU, AUAUAUAU, AUAU


O Povo e eu gostamos muito da sua visita. Gostamos, principalmente, dos
AUAUAU, AUAUAU, BUF, BUF, BUF, AUAUAU, AUAU, AUAUAU
Cafunés que você nos fez, das suas corridas na grama, dos seus banhos de piscina e dos seus jogos de futebol.
AUAUAUAU, AUAUAU, AUAUAUAUAUAUA, AUAUAUAU, AUAUAU


Achamos você uma pessoa alegre e bem educada. Você come na hora certa,
AUAUAUA, AUAUAUAU, AUAUAUAU, AUAUAUAU, AUAUAUU
come toda a comida, escova os dentes depois das refeições e é educado com as
pessoas: pede “por favor” e diz sempre “muito obrigado”.
AUAU, AUUUUUUU, AUAUAU, AUAUUAUAUU.

Eu mastiguei o seu brinquedo porque fiquei nervosa; você jogava futebol tão
AUAUAUAU, BUF, BUF, BUF, AUAUAU, AUAUAU, AUUUUUUUUUUUUU
bem que eu precisei morder alguma coisa para torcer pelo seu time. Você sabe que
cachorros não sabem gritar GOOOOL!!!
AUAUAU, AUAUAU, AUUUUUUUU !!!!!!.

Quando eu vi você dar aqueles chutes fortes e diretos para o gol eu não agüentei
AUAUAU, AUUUUUUUUUU, BUF, BUF, BUF, AUAUAUAU,
de emoção. Pensei em entrar em campo, mas não quis atrapalhar.
AUAUAU, AUAUAU, AUAUAUAU, BUF, BUF, BUF, AUAU

Comprei esses brinquedos que estou enviando para compensar o que mordi.
AUAUAU, AUAUAU, AUAUAU, AUAUAU, BUF, BUF, BUF, AUAUAUAU
Tive que trabalhar muito para juntar dinheiro e comprá-los: vendi alguns ossos que
AUAUAUAU, AUAUAUAUUUUUUUU , AUAUAUAUAUAU, AUAUAUAU,
estavam enterrados, lati muito à noite, corri atrás de motos, rosnei para os gatos e
AUAUAU, AUAUAUAUAUAUAU, AUUUUUUU, BUF, BUF, BUF, AUAUAU
abanei muito o rabo para as pessoas.
AUAUAU, AUAUAU, AUAUAU.

Espero que você goste dos brinquedos e me desculpe pelo que destruí.
AUAUAU, AUAUAU, AUAUAU, AUAUAU , AUAUAU, AUAUAU

O Povo manda um latido e uma abanada de rabo para você. Os sapos também disseram que estão com saudades.

Venha nos visitar outra vez.

Da sua amiga,

RADIJA

PS: Foi meu pai, esse sujeito nada afável, quem traduziu a carta da Radija do cachorrês para o português e postou-a em uma caixa cheia de brinquedinhos mastigáveis intactos. Começo a pensar que o grande barato não é ter filhos, e sim netos.

terça-feira, novembro 13, 2007

Chutando a Oi.

Se tem uma expressão que eu odeio, por motivo de veterinária maior, é "chutar cachorro morto". No entanto, hoje eu não pude deixar de pensar nisso quando me preparei pra lutar e passar horas no telefone, a exemplo da minha Cora madrinha, tentando cancelar os serviços prestados pela Oi, do telefone fixo ao Velox, passando pelo provedor de internet. Fiquei emocionada de ver como tudo transcorreu de forma rápida e civilizada e, no processo, ninguém estuprou meus ouvidos com gerundismos de transferências ping-ponguianas.

É tocante ver uma empresa do porte da Oi esperar a bancarrota tão resignadamente. Toda a minha agressividade acumulada por antecipação (TODO MUNDO SABE QUE É QUASE IMPOSSÍVEL CANCELAR UM SERVIÇO DE TELEFONIA!) se dissipou no ar, e o chute que eu tinha armado pra sentar no rabo da Oi quase virou um carinho ao vê-la ali, tão moribunda e preparada para a evasão de clientes e divisas. Até aí, tudo bem. Mas, pô, Oi: logo na minha vez, caramba?!? Eu, que não dirijo mais, tenho tido poucas oportunidades de mandar pessoas à merda por merecimento, e quando eu acho que vou tirar a barriga da miséria, eis que tenho um atendimento eficaz onde menos se espera. É muita falta de sorte mesmo!

Na verdade, estou BASTANTE desapontada com a Oi. Acho que eles estão dando algum curso de zen-budismo pra galera do teleatendimento de lá, não é possível. Nunca vi o desapego duma corporação operar ao meu favor. Anyway: daqui a 72h, vou ver se deu tudo certo. Quem sabe eu ainda não tenho uma chance de dar uns berros ou ir pro tribunal de pequeníssimas causas? ;o)

Momento Teen



Ah, sei lá. Acordei a-teen.

Feminina



Agora meu perfil tem uma música. É esta. ;o)

Caso sério

Neste final de semana, porque eu amo a minha monografia, andei lendo algumas na biblioteca do Instituto Hahnemanniano do Brasil. Até agora eu me pergunto: se eu escrevo por diversão, com os pés nas costas e até dormindo, por que raios eu fui a única de minha turma a não escrever essa pitomba? Eu poderia ser leviana a ponto de dizer que não queria escrever uma merda qualquer "só pra obter o diploma", mas na verdade, tenho de admitir, sou preguiçosa. Mas só nas coisas em que eu não deveria ser. Slapt, slapt! Mas vamos que vamos: já que eu vou ter de escrever uma mono, vou aproveitar pra fazer um projeto de tese de mestrado, quiçá de doutorado ou, quem sabe?, um plano diabólico pra dominar o planeta Terra e ser presidente da América Latina. Digo, ditadora. Hay que endurecer, pero sin perder la homeopatia jamás. Pingüins da Patagônia, tremei!

***

A Luciana Pordeus disse e eu acredito: pingüins têm hálito de peixe podre. Parecem lindos assim, bem de longe, mas é melhor não se envolver com um deles, porque o beijo pode ser nauseabundo.

***

Quem me vê assim, tão miúda, tão fofa e tão modesta não imagina que eu sou um monstro dormindo: olhos e boca aberta, alguma baba e ruídos que fariam neuróticos de guerra pularem da janela. Alguns ex-namorados gentis relatam que eu "ressono", mas meu melhor amigo, Fábio Pareto, me tocou a real: eu ronco que nem um porco. Esta noite, por causa do Fábio, dormi numa clínica para fazer um estudo do meu sono: um daqueles exames exóticos que a gente vê no Discovery Channel. A enfermeira me encheu de eletrodos pela cabeça, tórax e pernas e amarrou ao me dedo um pregador de roupa decorado pro Natal que os médicos insistem em chamar de oxímetro. Quando ela terminou de me amarrar, eu já estava dormindo. Acordei e disse: "Poxa, que pena que logo hoje, que eu vim pra cá fazer essa coisa complicada de dormir cheia de fios eu não ronquei e dormi que nem um bebê." E ela olhou pra mim com cara de "tá de sacanagem, né?". "Ué, ronquei?", perguntei, incrédula. E ela, de forma muito delicada, disse que jamais poderia imaginar que uma mocinha tão novinha (delicada, indeed) e miudinha pudesse fazer tanto barulho.

Acabo de descobrir porque meus namoros nunca dão certo.

***

Não sei se já falei aqui, mas estou escrevendo da Sonya, minha nova computadora, uma laptopa Sony Vaio que o Tom Taborda, o melhor padrinho do mundo, batizou. Ela é linda, vermelha da cor do pecado, mignon e com tudo que uma pessoa precisa pra se conectar ao mundo sem fios. O único defeito da minha bonequinha de luxo é o Windows Vista. O Vista não merece meu afeto, porque ele é incompatível com a maioria dos programas que fazem parte da minha vida, como o PalmOne, o Mobile Phone Tools e o internet banking do Real. Além do mais, e disso eu não me lembrava, porque há séculos eu não tenho um computador novo, ela veio com metade do HD de 160 GB ocupado por lixo da Microsoft e parceiros: trials de 60 dias que, sem saber, você começa a usar e, quando menos espera, tem de pagar um resgate de 300 dólares pra recuperar os dados que já armazenou naquele formato. Um golpe de mestre.

Sonya: uma nave espacial em forma de computador, quase uma vulcana, um verdadeiro tesão.

Aparentemente, 20 GB dessa fatia roubada do meu supersized HD (pelo menos pra mim, que só escrevo e mais nada) é culpa do Vista. O Tom e o Ken já andaram apagando um monte de coisas inúteis e pesadas da Sonya-baby, entre as quais o Microsoft Office, já que o BrOffice é menor, gratuito e faz tudo que o idiota do Bill Gates oferece pelo triplo do tamanho e o valor do seu fígado no mercado negro. No entanto, estou tão puta com o Vista que vou lutar pra fazer um downgrade pro XP. Se não conseguir, paciência: não será dessa vez que terei meu primeiro Windows não-pirata da vida. Neguinho tenta andar reto, mas o Billie, esse safadão, não dá trégua, caramba!

Tem um artigo do Tom incrível no InfoEtc de 8 de outubro de 2007 sobre o que fazer quando a cegonha traz seu novo lap-baby-top. Mais tarde ele me manda o link e eu ponho aqui pra vocês tirarem uma casquinha da sapiência do meu compadre.

sábado, novembro 10, 2007

Vestindo a camisa


Vestindo a camisa
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O pobre cão diz: WHY DO I HAVE TO GET MARRIED? I DIDN'T DO ANYTHING WRONG! E eu digo: quero essa camisa em todas as cores, pra usar todos os dias da semana.

As curvas de Oscar


As curvas de Oscar
Originally uploaded by Van-Or
Curvas da mulher amada. Curvas da cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos. Tudo que não é reto fica mais bonito à distância.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Os bipes da Cora


Os bipes da Cora
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Paulinho e Bia em noite musical pitoresca extremamente agradável.

Dica de presente de Natal


Dica de presente de Natal
Originally uploaded by Van-Or
Colar colorido de croché. Fica lindo com três voltas longas, não pesa e não esquenta no pescoço. É coisa de fazer em casa, não tem pra vender, mas se alguém aqui fizer, eu compro feliz!

terça-feira, novembro 06, 2007

Palmas pra ela!


Palmas pra ela!
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Copacabana sempre me surpreendendo.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Mal não vai fazer...

Neste final de semana, eu volto às aulas, e não é só pra ter uma carteirinha de estudante legalize: volto à pós-gradução para finalmente terminar a monografia do curso de especialização em Homeopatia Veterinária que eu nunca entreguei porque troquei de mal com Samuel Hahnemann.

Experiência própria, eu sei que eu tenho que agarrar com unhas e dentes esse meu amor pela homeopatia, que é instável e sazonal. Já tive tanta fé no pobre do Hahnemann que dava prejuízo a farmácia homeopática: eu sentia a cura só de passar na frente da loja! Ah, sim, que seguidor (do véi Samuca) que é seguidor sabe que o consumo da droga (homeopática) é opcional, o grande lance é dar uma cheirada forte no frasco aberto e sentir a energia vital trepidando em harmonia. Engraçado, mas acho que a maioria das pessoas entra na homeopatia atrás de uma promessa milagrosa como a oferecida pelos chás misteriosos que supostamente põem o doidão frente a frente com Deus. Ninguém entende como funciona, mas o que importa pra maioria é a magia e o mistério. E depois, se não funcionar, tudo bem. A promessa traz implícita a idéia equivocada de que mal não vai fazer.

Mal não vai fazer é o caraças! A homeopatia quase me matou, e não foi à toa que eu perdi o interesse por ela por tanto tempo.

Tudo aconteceu numa viagem que fiz com minha fiel escudeira, Vivi, quando estávamos na faculdade. A gente se inscreveu num desses programas de índio que só um estudante raçudo encara: entrar à meia-noite num ônibus fretado pra chegar à terra da garoa toda remelenta, assistir 8-horas-sem-sair-de-cima de uma palestra sobre dermatologia de poodles e voltar, no mesmo ônibus e no mesmo dia, pro Rio. Pois nessa época, eu era asmática terminal, do tipo que estava bem viva num momento e bem roxa e semi-morta n'outro. A homeopatia tinha acabado de entrar em minha vida, mas entrou num contexto propício a transformá-la mais em seita que em alternativa terapêutica. Confesso que eu ainda estava muito influenciada pelo meu ex-namorado, o Beto, pela agricultura orgânica, pelo poder de cura do arroz integral e aquele papo brabo de cristais e os cinco elementos. Enfim, pô: eu estudava na Rural e meu apelido era Flora Própolis, não preciso falar mais nada, caso encerrado por excesso de provas! Quando eu comecei a ver do que a homeopatia era capaz, entrei numa de que iria me desintoxicar da alopatia a qualquer preço. Encarei a expurgação de tantos anos de bombinha, pomada e corticóide como uma expiação justíssima de pecados, e por mais que eu estivesse morrendo, não entrava no Meticorten, corticóide mal-encarado mas que me salvou incontáveis vezes, nem por um decreto. Entrei no ônibus atracada com um frasco de Arsenicum album numa mão e uma bombinha de broncodilator em outra: o broncodilatador era só pra me acalmar, que Hahnemann era meu pastor, e nada haveria de me faltar.

Mas faltou. Faltou ar, e ó: faltou muitão, foi pouco, não! Passei 3 horas sibilando tão alto, mas tão alto, que o ônibus inteiro vinha me ver com a cara amassada: ih, essa menina não dormiu ainda? Não morreu ainda? Pô, que saco, a gente ainda tá em Resende e eu quero dormir! Minha fiel escudeira me defendia como podia, mas teve uma hora que ela também dormiu. E eu, porque finalmente não tinha ninguém me encarando com a expectativa de me ver morta, também consegui relaxar e dormir em seguida. Mas a galera não sabia que eu durmo de olho aberto em CNTP. Ou seja: não preciso morrer pra mostrar o branco dos olhos pelas pestanas mal fechadas. E quando a Vivi me viu daquele jeito, de boca e olho aberto, fria como pedra a seu lado, berrou como a garotinha do E.T. quando eles se encontram pela primeira vez no quarda-roupas. E com os gritos dela, eu, todo o ônibus e minha asma acordamos. Faltavam 3 horas pra chegar a São Paulo e tudo o que eu mais queria da minha vida era uma UTI móvel, sobretudo porque descobri que a bombinha de efeito moral estava vazia. Até chegar em terra firme, tudo que usei pra acalmar meu mal asmático foi o diabo do Arsenicum album, de minuto em minuto, às vezes até de segundo em segundo. Acho que só não morri porque o santo do Hahnemann é forte e o protegeu de me encarar assim, tão furiosa por morrer na flor da idade, no inferno. Tivesse eu morrido, ia passar a Eternidade descendo o Krav-magá naquele puto e nos meus professores de homeopatia.

Quando chegamos ao estacionamento do pavilhão de exposições em Sampa, fui carregada pro posto médico, onde sofri ressuscitação cárdio-respiratória com direito a hidrocortisona e aminofilina na veia. Ai, que delícia poder respirar de novo, viva a alopatia!

Passei uns anos de mal (asmático!) com a homeopatia. Fiquei tão magoada que reescrevi toda a matéria médica, explicando como a homeopatia pode matar sem deixar pista. Adorava minha homeopata enquanto astróloga, e aos poucos fui abandonando a prática e o consumo das bolinhas de lactose. Até que o Fran, meu novo guru, restaurou minha fé no love-power, nos florais de Bach (ah, como Bach é bom!), na energia vital e até no Leblon. Quando dei por mim, já estava trocando comprimidos por bolinhas e, o que é melhor, exterminei uma sinusite sinistra, com tomografia e o caralho (que pra provar que é sinistra, o médico tem de ter mais de 12 anos e pedir exames complementares), sem nem segurar uma caixa de antibiótico.

Depois da invenção do genérico e das farmácias populares, imagina se essa moda de se curar só pegando no frasco cola? Vai ser o fim da Bayer! E se é Bayer, bem... mal não vai fazer. Pelo menos à indústria nacional.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Pondo a leitura em dia


Pondo a leitura em dia
Originally uploaded by Van-Or
Tudo é literatura depois do terceiro cálice, até auto-ajuda canino. Confesso que estou chorando.