Feliz Ano Bom, queridos!


Que sejamos ainda mais férteis em 2008: de idéias, de amores e de amizades. Aqui "nesta terra, em se plantando, tudo dá". (Pero Vaz)


Este é o meu quartinho de bagunça. Da embalagem vazia de Chokito ao último livro do Saramago que eu não terminei de ler, você encontrará aqui de tudo um pouco.
Cora, pela primeira vez em muitos dias, de calça jeans. Noite de contemplação na Lagoa com a Bia.
Sam, lembra da Roberta e do Felipe? Pois este é o Roger, muito prazer! Ele chegou dia 23 de novembro e é bem cabeludo, uma graça.
.... mas estou encantada com isto. Talvez seja a fome, só que a gente não pode começar sem o bom velhote. Este deve ser o íltimo ano de fé cega no pólo norte e nos correios. O Cara anda desconfiado...
Este ano minha mãe deixou meu pai decorar o pernil. Ele se inspirou em Monstros SA e fez essa coisa primorosa. Eu e O Cara gostamos, mas acho que no ano que vem os homens só lavarão panela.
Todo ano eu perguntava pra minha avó o significado do Natal, Páscoa e essas datas que a gente comemora com gastronomia e capitalismo selvagem. Ela enrolava muito, porque escolhia as palavras pra manter minha atenção (eu desviava o olhar se ela tocasse nas palavras proibidas, e as palavras proibidas eram todas aquelas que me lembravam do maldito colégio de freiras onde eu fui espancada aos cinco anos por causa duma merda dum kichute). No final, a conclusão (minha) era sempre a mesma: essas datas só foram inventadas -- e só servem -- pra manter a família unida. Todo o resto é firula.
Deu n'A Tarde de ontem: a perfeita vítima de assalto esquematizada. Vale pra Salvador, pro Rio e, sem exagero, acho que um banner assim, bem grande e em 4 línguas diferentes, no desembarque internacional de todos os aeroportos do país, talvez tivesse poupado a vida do italiano que rolou pra baixo de um ônibus quando lutava com um ladrão pelo cordão de ouro do pai na Praia de Ipanema.
É só falar em assalto no Brasil que os ufanistas de plantão vêm logo contar que perderam suas máquinas fotográficas, suas filmadoras, seus laptops e até suas carteiras, ó, na frente do Coliseu romano ou numa praça de touros qualquer. Tenho pra mim que assalto nesses locais é pagação de karma. No Brasil, é só um lembrete: não dá pra blindar, tudo, minha gente. Ou seja, é karma também.
Há dez dias, em Ipanema, um cara de bicicleta tentou arrancar o celular da minha orelha enquanto eu falava e andava, à luz plena do dia, numa Visconde de Pirajá recheada de guardas na Operação Natal. Seguiu-se uma breve troca de ofensas, tão logo me refiz do susto:
- Filho da puta!, gritei.
- Vai se fuder! E a voz dobrou a esquina da Joana Angélica, onde as vítimas aguardavam sua vez, civilizadamente, nas filas dos restaurantes.
***
Agora, cá entre nós: chamar relógio de riqueza é coisa fina, não é? A que ponto chegamos? (suspiro)
O comandante acaba de dizer que o vôo pra Salvador atrasou 3 horas porque tem uma greve de carregadores em Buenos Aires. Primeiro eles nos dão barrinhas de cereais, e agora querem que passemos o Natal magoados com os hermanos. Existe antídoto pra globalização da culpa?
... fobia de aeroporto. Começo assim que voltar. Acabo de descobrir que perdi o tesão de decolar. Por enquanto são apenas 120 minutos de atraso, mas eu não consigo simplesmente relaxar e gozar. Preciso de chocolate, algum cognac, algum tarja preta, algum ipod e um livro que me desligue do resto do mundo. Preciso escrever esse livro.
Eu fui pro aeroporto assim, vendo o mundo de ponta-cabeça. De repente, tudo me pareceu ainda mais familiar. Será que a gente se acostumou a retificar as coisas? Será que tudo não seria mais bonito se torto permanescesse? Ou verdadeiro? Anyway, tou divagando. Feliz Natal a todos.
E eu achei que a Educação no Brasil fosse caso de polícia. Será que alguém pode colocar a porra do FBI atrás do ministro de educação desses caras aí?
Não consegui cumprir minha palavra e levá-la pro mato, e noto que ela anda fazendo sua fotossíntese contrariada. Está mais alta e mais magra. Talvez esteja sofrendo. Não há borra de café que a anime mais. Na verdade, ela não gosta de nada óbvio. Plantas são muito exigentes. :o(
Dirofilaria e vírus rábico. Evite que esses vilões visitem seu peludo. Leve-o ao veterinário regularmente.
É um vírus da raiva de pelúcia que veio de algum museu da ciência americano. O máximo!
A carne milimetricamente fatiada para revelar seus vasos, fáscias e nervos, deixando claro que nada existe sem que um coração bata - ou deixe de bater - nos bastidores. Todo o resto é mentira. O carpaccio é uma grande metáfora. E como toda metáfora, uma grande mentira.
É seu problema, sim. É problema de todo o mundo. Divulgue, participe, ajude: http://www.br.amnesty.org/index_camps.shtml
PS: obrigada, Aldo.
Preciso de uma cerva. A camiseta que define a merda que está sendo a organização desse show. Estamos na fila há uma hora e ainda estamos a 20 pessoas do único caixa pro único bar no gramado. Foda.
Estamos juntas em todos os programas indígenas, afinal somos guerreiras, praieiras, estamos solteiras, quer mais o quê? Se a gente sobreviveu ao asa arreia, arreia, arreia, arreia, arreia, arreia, nada nos impedirá.
Esta é a minha planta. Ela era feliz e florida no dia 27 de outubro de 2007, quando a comprei no Zona Sul. Alguém aqui entende de planta? As plantas que a gente compra em supermercado morrem um ou dois meses depois ou ainda há esperança? Esta planta gosta de sol ou precisa ficar na sombra? Gosta de água ou precisa passar sede? Tem alguma alma caridosa que possa me responder essas perguntas? A planta não acordou nada bem esta manhã. Acho que ela está doente.
Parece que ela sofreu amputações. Podem ser vestígios de flores que cairam, podem ser novas flores, mas não parece pra vocês que ela está descamando? Será que plantas transmitem doenças a humanos? Será que esta planta está doente? Será que minha homeopata acharia estranho se eu levasse a planta comigo na próxima consulta? Ou minha analista?
Tenho um novo animal de estimação. É uma planta. Eu a chamo de planta, embora eu desconfie que sejam três irmãs. Ela(s?) tinha(m?) flores, mas todas cairam. Tenho a impressão de que ela está em sofrimento. Alguém aqui sabe onde se compra comida para plantas? Por via das dúvidas, borrifei Rescue Remedy nela. E reguei. Talvez até demais.
Um vídeo hilário baseado no conteúdo de um de meus sites preferidos, indicação maravilhosa do Ken, o Indexed (veja link na coluna à direita).
Título alternativo: O existencialismo desmistificado em gráficos.
The Danish Poet - parte 1.
É em inglês. Mesmo se eu soubesse pôr legendas, não poderia: não entendo os nomes escandinavos.
Se uma mulher luta por sua bolsa, um italiano por seu pai, um rei pela democracia (há!) de seu país e até um bebê gato por seu atum, por que nosso representante é tão bundão con los hermanos de los hermanos?
Em tempo: o vídeo, os gatos e os pés perfeitos são da Jussara Razze, grande Jussara (adorei!)